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OUTRO LADO
Para prefeito, são poucos jovens na atividade
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PRINCESA ISABEL (PB)
O prefeito de Princesa Isabel,
Sidney Oliveira (PSDB), diz
desconhecer a existência de garimpeiros adolescentes trabalhando no município.
Segundo ele, das 400 crianças
e adolescentes beneficiados na
cidade pelo Peti, 50 atuavam
nos garimpos da região de Cachoeira de Minas, região montanhosa onde está a maior parte dos trabalhadores que procuram ouro na caatinga.
"Não sabia que ainda existiam menores trabalhando lá",
afirmou o prefeito. "Vamos
tentar ampliar o programa para atender todos os que ainda
estiverem nos garimpos", disse.
Oliveira acha que são "poucos" os adolescentes que ainda
trabalham no local. No entanto, reconhece que o poder público não possui controle nem
estatísticas sobre a atividade.
A prefeitura desconhece o
número de garimpeiros na região, o volume de ouro extraído, a forma de negociação do
metal e a origem dos explosivos
utilizados pelos trabalhadores.
A única certeza, diz o prefeito, é que a administração não se
beneficia financeiramente com
a garimpagem. O município,
com 18.223 habitantes, arrecada R$ 200 mil por mês. Segundo Oliveira, 95% desse valor
vem do Fundo de Participação
dos Municípios.
O garimpo, disse, é uma atividade em "decadência" no município. Para ele, nem mesmo
os lavradores vítimas da seca
estão optando pela extração de
ouro como opção de sobrevivência. "Os agricultores estão
migrando para o interior de
São Paulo e de Minas Gerais,
para trabalhar com cana-de-açúcar e café."
(FG)
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