São Paulo, terça-feira, 25 de dezembro de 2001

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OUTRO LADO

Para prefeito, são poucos jovens na atividade

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PRINCESA ISABEL (PB)

O prefeito de Princesa Isabel, Sidney Oliveira (PSDB), diz desconhecer a existência de garimpeiros adolescentes trabalhando no município.
Segundo ele, das 400 crianças e adolescentes beneficiados na cidade pelo Peti, 50 atuavam nos garimpos da região de Cachoeira de Minas, região montanhosa onde está a maior parte dos trabalhadores que procuram ouro na caatinga.
"Não sabia que ainda existiam menores trabalhando lá", afirmou o prefeito. "Vamos tentar ampliar o programa para atender todos os que ainda estiverem nos garimpos", disse.
Oliveira acha que são "poucos" os adolescentes que ainda trabalham no local. No entanto, reconhece que o poder público não possui controle nem estatísticas sobre a atividade.
A prefeitura desconhece o número de garimpeiros na região, o volume de ouro extraído, a forma de negociação do metal e a origem dos explosivos utilizados pelos trabalhadores.
A única certeza, diz o prefeito, é que a administração não se beneficia financeiramente com a garimpagem. O município, com 18.223 habitantes, arrecada R$ 200 mil por mês. Segundo Oliveira, 95% desse valor vem do Fundo de Participação dos Municípios.
O garimpo, disse, é uma atividade em "decadência" no município. Para ele, nem mesmo os lavradores vítimas da seca estão optando pela extração de ouro como opção de sobrevivência. "Os agricultores estão migrando para o interior de São Paulo e de Minas Gerais, para trabalhar com cana-de-açúcar e café." (FG)


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