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O traficante Marcos Antônio da Silva Tavares, o Marquinhos Niterói, apontado como um dos articuladores das ações violentas de segunda-feira e ontem, teria também orquestrado a onda de ameaças que fechou o comércio em 36 bairros da cidade, em 30 de setembro do ano passado.
Conversas por celular gravadas no dia 16 de setembro e divulgadas no dia 1º de outubro mostravam Marquinhos Niterói, preso em Bangu 1, instruindo um traficante em liberdade sobre a realização de um "protesto".
Na época, o objetivo era pressionar o governo a tirar do isolamento o traficante Fernandinho Beira-Mar.
O traficante havia sido transferido para o Batalhão de Choque da PM depois de liderar uma rebelião no presídio de Bangu 1.
"Pedimos uma atenção, e jogaram os amigos lá no calabouço. Agora nós vamos fazer um novo protesto para mostrar para eles que a gente tem a força, que eles não têm, não. Vai ter situação aí que você vai ficar ligado, que todas as firmas vão fechar, para mandar parar tudo. Dar blecaute na zona sul, tem que parar tudo, comércio geral, parar tudo", dizia Marquinhos Niterói na gravação.
Depois da divulgação da gravação, Niterói também foi transferido para o Batalhão de Choque da PM. Ele e os demais chefes do CV só voltaram para Bangu 1 em novembro, depois que o presídio foi reformado e teve instalado o bloqueador de celulares.


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