|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Motorista de caminhão terá que fazer exame de sono
Teste será feito para renovar ou tirar habilitação
DA REPORTAGEM LOCAL
Os motoristas que vão tirar
ou renovar a carteira de habilitação nas categorias C, D e E
-exigidas para dirigir, por
exemplo, ônibus ou caminhão- terão que passar por um
exame para verificar se apresentam distúrbios do sono.
A norma se tornou obrigatória ontem por uma resolução
publicada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
O objetivo é reduzir os acidentes viários provocados pelos condutores que dormem no
volante, principalmente caminhoneiros e motoristas de ônibus nas estradas do país.
O Brasil tem hoje mais de 8,6
milhões de motoristas com esses três tipos de habilitação.
A nova regra prevê que os
candidatos à CNH nas categorias C, D e E devem ser avaliados inicialmente a partir dos
dados objetivos de hipertensão
arterial, índice de massa corpórea e perímetro cervical, além
de outros questionários subjetivos para aferir a sonolência.
Esses exames serão realizados junto com os demais exames já existentes de aptidão física e mental -e, por esse motivo, não devem ter custo extra,
diz a assessoria do Contran.
Dependendo do resultado e
da gravidade do distúrbio do
sono, porém, os condutores poderão ser encaminhados para
uma avaliação médica específica e para a realização de um
exame mais demorado -a polissonografia, feita enquanto a
pessoa dorme, por meio de sensores na superfície da pele.
Embora ele possa feito na rede pública, pelo SUS (Sistema
Único de Saúde), há preocupação de lideranças de motoristas
profissionais sobre a viabilidade e falta de estrutura hospitalizar no país para atender à demanda e os riscos de terem de
recorrer a serviços privados.
Existe a possibilidade de os
condutores que não tiverem resultados positivos na avaliação
original obterem uma liberação
temporária para dirigir.
Há diversos estudos que já
relacionaram os acidentes à sonolência dos motoristas. Numa
pesquisa realizada por um professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), 16%
dos 400 motoristas de ônibus
rodoviários entrevistados admitiam ter dormido ao volante
e 52% afirmavam conhecer um
colega de trabalho que havia
passado por essa situação.
Texto Anterior: Fabricantes dizem que seus produtos cumprem o que é previsto na legislação Próximo Texto: Aluna com paralisia depende da mãe para assistir à aula Índice
|