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Garib cresceu dentro da máquina municipal
da Reportagem Local
Não é de hoje que o vereador
Hanna Garib, fã do ator Charles
Bronson- circula pelo mundo
das administrações regionais.
Seu primeiro emprego na máquina municipal data de 1976
quando, aos 27 anos, prestou
concurso e foi contratado como
contador pela prefeitura.
Seis anos depois foi nomeado
pelo então prefeito Reynaldo de
Barros como administrador regional da Freguesia do Ó.
Saiu de cena no governo Mário
Covas para voltar com Jânio
Quadros, que o nomeou para a
mesma Freguesia do Ó e, depois,
o transferiu para a Sé.
Vaidoso, Garib costuma exibir
com orgulho uma carta assinada
pelo prefeito em agosto de 1988.
Jânio pedia que Garib desistisse
da sua candidatura à Câmara.
"Fiquei sabendo da sua candidatura (...) Permita-me discordar. Você foi, sem qualquer dúvida, o melhor administrador regional que já tive. Não abandone
a nossa Sé", dizia Jânio.
Garib atendeu o pedido, mas
teve de deixar a Sé quando Luiza
Erundina (PT) foi eleita, em 89.
Passou a atuar com o vereador
Toninho Sampaio. Matreiro,
Sampaio achava que, tendo Garib
ao seu lado, teria mais votos no
centro na eleição seguinte.
Acabou sendo passado para
trás. Garib candidatou-se em
1992 e foi eleito com 13.207 votos
Cola
Garib, que nasceu no Líbano,
chegou ao Brasil com dois anos.
Seu pai era um comerciante abastado, que pôde colocá-lo em colégios tradicionais como o Liceu
Coração de Jesus. Tem três diplomas: Ciências Contábeis, Direito
e Administração de Empresas.
Se como funcionário público
sofreu apenas um processo administrativo -acusado por faltas (arquivado em 87)-, na Câmara foi alvo de várias denúncias
e críticas. A pior, até então, ocorreu durante a campanha para a
reeleição em 96.
O seu comitê foi flagrado pela
Folha fornecendo carteiras do
PAS (Plano de Atendimento à
Saúde) para eleitores, prática que
caracteriza uso da máquina. O
TRE (Tribunal Regional Eleitoral) não aceitou o pedido de cassação feito pelo Ministério Público, alegando falta de provas.
No segundo mandato, Garib
não é muito bem quisto por parte
dos seus pares -que o chamam
de Rena Garib, pelo fato de ele
costumar pintar os cabelos.
Em 98, esses vereadores conseguiram derrubá-lo da liderança
do governo. Alegaram que ele era
arrogante e que não tinha boa
vontade para intermediar os pedidos deles junto ao prefeito.
Eles não cansam de contar uma
gafe que Garib cometeu em um
debate. Ao responder a uma
questão, disse: "Isso é uma inmentira" (sic).
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