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Empresa diz que reduziu ocorrências
DA REPORTAGEM LOCAL
A CPTM admitiu a ocorrência
de tráfico, uso de drogas e atuação
de ambulantes na linha F, que
considera a mais "carente" de toda as seis que compõem a rede. A
empresa informou que não tem
capacidade para fiscalizar todos
os trens do sistema ao mesmo
tempo, mas que conseguiu reduzir a quantidade de ocorrências.
"Tenho 1.100 carros rodando
por dia. Se eu colocar uma pessoa
só no carro, não adianta, porque o
agente não vai dar conta. Enquanto ele fica numa ponta do carro,
estão fumando [maconha] na outra", diz o coronel da reserva Leopoldo Augusto Corrêa Filho, gerente de segurança da CPTM. Há,
segundo ele, 440 agentes da empresa e outros 850 terceirizados.
Segundo a CPTM, o vandalismo
é, atualmente, a ocorrência mais
comum da rede. O roubo de fios,
um dos problemas mais freqüentes, apresentou, de acordo com a
empresa, queda significativa nos
últimos anos. Foram 268 casos
em 2004 contra 146 em 2005.
Outra ocorrência comum são os
atropelamentos: foram 117, dos
quais 49 fatais. Em 1996, foram
278 (141 com morte). No mesmo
período, a quantidade de passageiros retirados das portas passou
de 3.656 para 92.
Usuários
Quanto à condição precária da
linha F, os problemas se devem,
segundo a empresa, a dois fatores.
Um deles é o período, relativamente recente, 13 anos, em que a
empresa administra a rede ferroviária paulista. O segundo é a falta
de educação da população.
"Os entornos das linhas trazem
um diferencial brutal em relação a
todas as ocorrências. Ou seja, sem
querer fugir às nossas responsabilidades, o fator educação é bastante decisivo. Por exemplo, na Linha
C [que sai de Osasco e passa por
bairros nobres, como Cidade Jardim e Vila Olímpia], você não vê
ninguém levando um pedaço de
muro (literalmente) para casa",
justifica Corrêa Filho.
Nos próximos 12 meses, a empresa vai investir R$ 250,6 milhões na construção de três estações (Jardim Romano, Jardim
Helena e USP Leste), na reforma
de outras duas (Comendador Ermelino e Itaim Paulista) e, ainda,
na recuperação e aumento da
oferta de trens -serão 59, contra
os 49 atuais. O tempo de espera
nas estações, no horário de pico,
cairá de nove para sete minutos.
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