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Diretor de colégio é acusado de pedofilia
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
O diretor de um colégio particular de Marília (435 km de
SP) é réu em um processo no
qual é acusado de pedofilia na
internet. A polícia diz que ele se
passava por uma garota e mantinha conversas com uma menina de 12 anos, a qual induzia a
se mostrar nua na webcam.
O caso foi descoberto em
2007 após a mãe da jovem ver a
filha nua em frente ao computador. Ela, então, usou a identidade da filha em um programa
de bate-papo. Os contatos com
o suspeito duraram cerca de 45
dias. A polícia foi acionada e
concluiu que o diretor do colégio Cristo Rei, Luís Eduardo de
Oliveira, 33, usava o apelido de
"Thais Cooler" em contatos
com a garota no MSN. Ele nega.
"Por umas cinco ou seis vezes
ela se mostrou na webcam", diz
o delegado Celso Borlina.
Após investigações, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Oliveira em 2 de
março. A Justiça aceitou.
Um laptop de Oliveira foi
apreendido. Borlina diz que no
laptop havia cerca de 40 imagens de crianças e adolescentes
de ambos os sexos nus.
Oliveira negou as acusações
em depoimentos. Disse, primeiro, que o laptop era de uso
restrito seu. Depois, afirmou
que outras pessoas da escola
usavam o equipamento. Ele declarou que o laptop poderia ter
sido atacado por um hacker -o
que foi descartado pela polícia.
A prisão de Oliveira chegou a
ser pedida pela polícia, mas foi
negada. O indiciamento ocorreu com base no ECA (Estatuto
da Criança e do Adolescente),
em razão da pornografia infantil. A pena pode chegar a seis
anos de reclusão e multa.
O advogado do diretor, Rubens Franklin, diz que seu
cliente é "absolutamente inocente" e que não poderia dar
detalhes do caso, já que o processo tramita sob segredo de
Justiça. Ele diz que irá requisitar o trancamento da ação penal. "Não existe uma prova que
o incrimine. O que existe são
indícios de prova."
Ainda segundo ele, Oliveira
"está afastado por um período"
da direção e não falará.
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