São Paulo, domingo, 26 de maio de 2002

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Grupos de apoio ajudam candidatos

DA REPORTAGEM LOCAL

Na próxima quarta-feira, Leonardo, 13, será o orador do 7º Enapa, encontro que reúne grupos de apoio à adoção de todo o país. Ele vai contar como foram os 12 anos que viveu em abrigos.
Os meninos Henrique, 6, e Guilherme, 8, tiveram a sorte de ganhar uma família quando tinham pouco mais de um ano. Foram adotados pelo casal Solange e Genivaldo Duarte, professora e administrador de empresas, os dois hoje com 35 anos.
"Não escolhemos sexo, nem raça. Só queríamos que tivesse até um ano, porque queríamos vê-lo começando a andar e a falar", afirma Solange.
Guilherme era pardo, de cabelos crespos. "Foi uma grande emoção. Saímos com ele nos braços querendo adotar mais um."
O segundo, Henrique, negro, tinha quase dois anos e foi adotado quando Guilherme tinha quatro.
Solange diz que essas foram as melhores experiências de suas vidas, e que estão na fila para uma terceira adoção. "É uma bandeira que queremos pregar como caminho de felicidade para os pais e as crianças. Existem problemas e medos, mas, quando se está em grupo, tudo fica mais fácil."
No caso de Solange, o apoio veio do Refúgio, nome do Grupo de Apoio à Adoção da Região Metropolitana Leste, dirigido por Clélia Zitto Cezar, mãe de quatro filhos, dois deles adotados.
As práticas adotadas no Refúgio são semelhantes às dos outros grupos de apoio: pais que já adotaram se reúnem com aqueles que estão na fila para adotar, trocando seus medos e suas dúvidas. "Alguns casais que chegam aqui desejando apenas um bebê de cor branca acabam acatando a idéia de levar para casa uma criança maior e de outra raça", diz Clélia.


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