|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Direção da Parada Gay barra carro de central sindical
Integrantes da Conlutas reagiram quando a PM tentou liberar a avenida e houve confronto; 4 sindicalistas foram levados ao 78º DP
Organização da parada afirma que o trio elétrico estava irregular; central nega e acusa a entidade
de lucrar com o evento
DANIELA ARRAIS
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Aproximadamente 30 sindicalistas entraram em confronto com a Polícia Militar na tarde de ontem ao serem impedidos pela Associação da Parada
do Orgulho GLBT de São Paulo
de desfilar na Parada Gay com
um carro de som. Segundo a polícia, eles tentaram interromper a passagem da parada.
O confronto aconteceu por
volta das 15h de ontem, no cruzamento da avenida Paulista
com a alameda Joaquim Eugênio de Lima. Quatro sindicalistas foram detidos. O grupo de
sindicalistas integra a central
sindical Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas).
As duas entidades trocaram
acusações. "Todos os trios elétricos têm normas a seguir e
eles não cumpriram algumas
regras, estavam com a documentação irregular", afirmou o
presidente da associação da parada, Alexandre Santos.
José Maria de Almeida, presidente da Conlutas, nega e diz
que o carro de som estava legalizado. "O que essa associação
faz é utilizar comercialmente
dessa manifestação. Fazem
convênios com hotéis, empresas e lojas e ganham dinheiro
com isso. Sabem que somos
contra essa coisa", disse.
Alexandre Santos afirmou,
por sua vez, que essa acusação
de Almeida não faz sentido.
A Polícia Militar afirmou ter
tentado negociar a saída pacífica dos sindicalistas.
Sem obter resultado, os policiais usaram cassetetes para
forçar a saída dos sindicalistas,
que revidaram atirando cavaletes e batendo nos policiais com
cabos de bandeiras.
A Conlutas afirmou que uma
mulher teve a mão quebrada e
diversas pessoas se feriram,
mas não forneceu o número de
vítimas. Dois policiais militares
foram atingidos por cavaletes
de trânsito supostamente atirados pelos sindicalistas. Um
sofreu um corte na cabeça.
O major Pedro Borges afirmou que integrantes do PSTU
(Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) entraram
portando bandeiras no carro de
som da Conlutas. Segundo ele,
manifestações políticas não são
permitidas na parada.
Almeida e outros três sindicalistas foram levados ao 78º
DP, onde assinaram um termo
circunstanciado -em que se
comprometem a se apresentar
à Justiça para responder por
desobediência e resistência à
prisão- e foram liberados.
Texto Anterior: No país, combate à homofobia tem pouco apoio legal Próximo Texto: Homem é atropelado por trio elétrico na Consolação Índice
|