FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

Um novo emissário submarino e uma estação de tratamento de esgotos entram em operação hoje no Guarujá com o objetivo de reduzir o grau de poluição das praias da cidade (87 km a sudeste de SP).
O emissário é uma tubulação de 0,9 metro de diâmetro que lançará no mar, a 4.500 metros de distância da praia, todo o esgoto produzido na orla, entre as praias de Pernambuco e Guaiúba, e na região central.
O novo equipamento fica na praia da Enseada, ao lado do antigo emissário, que está sendo desativado porque vinha despejando o esgoto a somente 2.700 metros da areia, devido aos rompimentos que sofreu em três pontos.
Segundo o vice-presidente de Litoral da Sabesp, Oswaldo Aly, não há risco de novos rompimentos.
De acordo com as projeções da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), a capacidade de vazão do emissário (1.500 litros por segundo) atenderá as necessidades do Guarujá até o ano 2020.
Segundo Aly, hoje a vazão máxima é de 800 litros por segundo na alta temporada e de 300 litros por segundo na baixa temporada.
Junto com o emissário, começará a funcionar uma estação de tratamento de esgotos, no bairro Vila Zilda.
Antes de chegar ao emissário, todo o esgoto coletado na cidade passará pela estação, onde o material sólido ficará retido em uma peneira fina, e o líquido sofrerá um processo de cloração antes de ser mandado para o mar, por intermédio do emissário.
A instalação dos novos equipamentos custou R$ 37 milhões, segundo a Sabesp. O governador Mário Covas (PSDB) participará da inauguração às 12h de hoje.
Apesar da obra, as praias do Guarujá não estarão totalmente livres da poluição. Atualmente, somente 50% do esgoto produzido na cidade são coletados. A meta da Sabesp é coletar 74% até o final deste ano, após a conclusão de obras em andamento.



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