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"Sinto como se a pele estivesse suja de areia"
DÉBORA FANTINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A baixa umidade do ar é
adversária de quem pratica corrida. Derruba a resistência, resseca olhos e
lábios e faz as narinas arderem. Ainda assim, muitos corredores mantêm a
prática e lotaram o parque
Ibirapuera na tarde de ontem, como a estudante Letícia Bocchi, 21.
"Sinto como se a pele do
meu rosto estivesse suja
de areia. Parece que estava
correndo na praia, não no
parque", descreve Letícia.
Por causa do ar seco, a
consultora financeira
Márcia Saraiva, 40, interrompeu as corridas diárias
na última sexta-feira, pela
primeira vez em cinco
anos.
No final da tarde de ontem, Márcia tentava recuperar o ritmo, alternando
corrida e caminhada.
"Nunca tinha ficado cansada e ofegante a ponto de
precisar parar."
Maratonistas como o
engenheiro civil Washington Lima, 48, que corre há
oito anos, aproveitam o
clima seco em favor do
treinamento.
"É um obstáculo natural
para me preparar. Preciso
aumentar o esforço para
compensar a queda na resistência."
Para amenizar os transtornos, o recreador Sergio
Decourt, 26, usava ontem
uma camiseta amarrada
ao rosto enquanto andava
de skate na avenida Sumaré, em Perdizes, na zona
oeste. De acordo com ele,
o melhor é não praticar
esportes entre as 11h e as
15h durante o período de
clima seco.
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