São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 2006

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"Sinto como se a pele estivesse suja de areia"

DÉBORA FANTINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A baixa umidade do ar é adversária de quem pratica corrida. Derruba a resistência, resseca olhos e lábios e faz as narinas arderem. Ainda assim, muitos corredores mantêm a prática e lotaram o parque Ibirapuera na tarde de ontem, como a estudante Letícia Bocchi, 21.
"Sinto como se a pele do meu rosto estivesse suja de areia. Parece que estava correndo na praia, não no parque", descreve Letícia.
Por causa do ar seco, a consultora financeira Márcia Saraiva, 40, interrompeu as corridas diárias na última sexta-feira, pela primeira vez em cinco anos.
No final da tarde de ontem, Márcia tentava recuperar o ritmo, alternando corrida e caminhada. "Nunca tinha ficado cansada e ofegante a ponto de precisar parar."
Maratonistas como o engenheiro civil Washington Lima, 48, que corre há oito anos, aproveitam o clima seco em favor do treinamento.
"É um obstáculo natural para me preparar. Preciso aumentar o esforço para compensar a queda na resistência."
Para amenizar os transtornos, o recreador Sergio Decourt, 26, usava ontem uma camiseta amarrada ao rosto enquanto andava de skate na avenida Sumaré, em Perdizes, na zona oeste. De acordo com ele, o melhor é não praticar esportes entre as 11h e as 15h durante o período de clima seco.


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