|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PUC-SP cancela 7 de seus 10 cursos novos
Decisão foi motivada pelo baixo número de aprovados; apenas 295 vagas foram preenchidas entre as 1.050 oferecidas
Opções de curta duração são alternativa da instituição, que atravessa a sua pior crise financeira, para tentar obter aumento da receita
DA REPORTAGEM LOCAL
Devido ao baixo número de
candidatos aprovados, a PUC-SP (Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo) cancelou sete dos seus dez novos cursos, oferecidos no vestibular do
meio do ano. As carreiras são da
área tecnológica, e tem curta
duração.
No total, o processo seletivo
ofereceu 1.050 vagas, mas apenas 295 foram preenchidas.
Os cursos superiores de curta
duração são uma das alternativas da universidade para conseguir aumento de receita, uma
vez que ela passa por sua pior
crise financeira.
A instituição deve R$ 107 milhões aos bancos e, por isso,
cortou 30% do quadro de professores e de funcionários, em
um processo finalizado no início deste ano.
Na avaliação da PUC-SP, os
novos cursos não tiveram a demanda esperada devido ao pouco tempo de divulgação das carreiras e às notícias sobre a crise.
"Voltaremos a oferecê-los no
vestibular de final de ano", disse a vice-reitora acadêmica, Bader Sawaia. "Vamos divulgá-los
melhor. Claro que eles podem
ajudar na receita, mas criamos
esses cursos também porque
era uma demanda."
As únicas carreiras tecnológicas que foram mantidas são
comércio exterior, design de
games e gestão de marketing.
Os cancelados foram agronegócios, controladoria, energia,
gestão digital em hipermídia,
gestão de pequenos e médios
negócios, gestão em segurança
pública e direitos humanos e
radiologia médica.
Segundo Sawaia, os aprovados nestes cursos estão sendo
convidados a se matricular em
outras opções da mesma área.
Novos cortes
Auditoria feita pelo Ministério Público Estadual verificou
que os cortes feitos até agora
não foram suficientes. No dia
27 de junho, a universidade se
comprometeu com a Promotoria a diminuir seus gastos.
O déficit mensal da PUC-SP
ficará na casa dos R$ 2 milhões
a partir de outubro, quando começam a vencer as parcelas da
dívida bancária. Para conseguir
pagá-las, O Ministério Público
sugere, entre outras coisas, que
haja redução de salários, diminuição da concessão de bolsas
de estudo e aumento da cobrança aos inadimplentes.
Se a universidade não conseguir acabar com seu déficit, a
Promotoria poderá pedir que a
Justiça nomeie um interventor
para a instituição.
Texto Anterior: Delegado agora é denunciado por dinheiro não-declarado Próximo Texto: Kassab anuncia ouvidora interina Índice
|