São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MASSACRE NO CENTRO

Ações voltadas para moradores de rua da capital paulista vão atender apenas 10% dessa população

Marta e Alckmin anunciam projetos sociais

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

Criticadas pela falta de ações preventivas junto aos moradores de rua do centro de São Paulo, vítimas de atos de violência na semana passada, as administrações Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) anunciaram ontem programas de requalificação profissional e de integração em frentes de trabalho.
As ações, num primeiro momento, só vão beneficiar 1.000 pessoas -o que representa cerca de 10% dos 10.394 moradores de rua da capital paulista.
A prefeitura paulistana está concluindo um cadastro de 500 pessoas que vão receber, a partir da próxima semana, uma bolsa-transporte-emprego -um bilhete único com crédito de R$ 51 para participar de palestras de orientação com psicólogos.

Requalificação
O projeto, que conta com apoio do Conselho Regional de Psicologia, "quer recuperar habilidades perdidas com anos de desemprego e abandono social", nas palavras do secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade, Márcio Pochmann.
Os participantes do programa aprenderão a se portar numa entrevista de emprego e receberão dicas de como se requalificar. Também vão receber uma bolsa mensal de R$ 315 enquanto participarem das atividades, até um limite de nove meses.
A idéia para os próximos meses é ampliar a ação para outros 1.300 moradores de rua que já passaram por cursos da prefeitura.
Já o governo estadual está oferecendo 500 vagas em frentes de trabalho para moradores de rua de São Paulo cadastrados em entidades religiosas.
Os inscritos receberão um salário mensal de R$ 280 por até nove meses, além de participarem de programas de capacitação.
"Eles farão principalmente serviços de jardinagem e de limpeza de parques", afirma a secretária estadual de Assistência Social, Maria Helena Castro.
Ainda ontem o Estado ofereceu à prefeitura mais de 100 vagas em hospitais para alocar moradores de rua que sofrem de doenças mentais ou que tenham algum tipo de dependência química.


Texto Anterior: Publicação pede punição por crime
Próximo Texto: Cristovam culpa governo federal
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.