São Paulo, Quinta-feira, 26 de Agosto de 1999
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NA CÂMARA
Nenhuma outra votação pode ser feita na sessão extraordinária
Decisão sobre CPI em SP é adiada pela sexta vez

MALU GASPAR
da Reportagem Local

A proposta da oposição para uma CPI na Câmara Municipal de São Paulo, para investigar as novas denúncias sobre a máfia da propina, foi ontem para votação pela sexta vez sem que nada fosse decidido.
A comparação entre o placar de anteontem e o de ontem mostra que, dependendo de sua capacidade de negociação, o prefeito Celso Pitta (sem partido) poderá ajudar a enterrar a CPI.
Na votação realizada ontem, 43 vereadores votaram, contra os 48 de anteontem. Houve 23 votos a favor e 16 contra a CPI, além de quatro abstenções. Na votação anterior haviam sido 25 favoráveis, 21 contra e duas abstenções.
São necessários 28 votos, a favor ou contra, para que haja uma decisão. Enquanto a questão estiver pendente, nenhuma outra votação poderá ser feita na Câmara na sessão extraordinária.
Caso seja aprovada, a CPI da oposição será presidida pelo vereador Roberto Trípoli.
Os oposicionistas perderam definitivamente um voto, de Osvaldo Sanches, que vinha votando a favor e resolveu mudar de posição (leia texto nesta página).
Miriam Athiê (PMDB), que também vinha votando a favor, faltou para comparecer a uma solenidade, segundo sua assessoria.
As maiores mudanças se deram do lado da base governista, principalmente dos vereadores de partidos que rejeitaram a filiação do prefeito nas últimas semanas, PTB e PMDB.
Sete vereadores que haviam votado contra a CPI passaram a ter uma postura neutra, ou deixando de votar ou abstendo-se. Quatro deles são do PMDB, dois do PTB e um do PPB.
Os vereadores reclamam que não conseguem ser recebidos pelos secretários de Pitta e querem mais espaço no governo, não só com o controle de regionais, mas também com secretarias.
O PTB esperava obter a da Habitação. No PMDB, o comportamento também é de quem espera uma definição do prefeito.


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