São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004

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Classe média adotou modelo há 3 décadas

DA SUCURSAL DO RIO

O estudo sobre a segregação social urbana em São Paulo faz um relato histórico dos primeiros condomínios verticais e horizontais. A classe média, que até meados dos anos 70 tinha como principal opção as casas e apartamentos nas áreas mais centrais, foi primeiro trocando essas habitações pelos condomínios verticais, prédios que, além de moradia, ofereciam também opções de lazer e serviços.
O bairro de Higienópolis foi um dos pioneiros a oferecer esse tipo de condomínio. Como marcos disso, as autoras citam os edifícios Bretagne e Louveira.
"O edifício Bretagne, com seus 20 andares, tornou-se o prédio mais alto do bairro e um marco importante por possuir ampla área de lazer, além de bar e outras áreas que favoreciam a sociabilidade dos moradores. Esse edifício pode ser considerado o marco dos condomínios verticais que se multiplicaram a partir dos anos 70 por quase todas as áreas."
Após a proliferação dos condomínios verticais fechados, começaram a surgir os horizontais fechados, cujo marco foi o Alphaville, em Barueri (Grande SP). "A princípio, observou-se um desenvolvimento limitado desses conjuntos residenciais horizontais murados, providos de extensas áreas comuns equipadas com instalações esportivas, de lazer, de serviços de uso exclusivo de moradores, destinando-se aos grupos de mais altas renda", dizem.
"O crescimento da violência é apenas parte do argumento que envolve as estratégias imobiliárias e de marketing. No entanto é a mais exacerbada. Persuade consumidores que são diariamente bombardeados pela mídia com relatos de crimes violentos. O que nem sempre é explicitado é o apelo à exclusividade." (AG)


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