São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2007

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Estudo foi pago por fabricante de vitaminas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Wyeth Consumer Healthcare, laboratório que produz suplementos vitamínicos, pagou os R$ 300 mil necessários para a pesquisa sobre o hábito alimentar do brasileiro.
A prática tem sido comum nas universidades brasileiras, que não têm verbas próprias para estudos de grande porte.
Segundo a empresa, o valor foi repassado à Unifesp, que definiu como investir o recurso. Os pesquisadores não foram remunerados, segundo a Wyeth. A Faculdade de Saúde Pública da USP entrou para avaliar os dados da parte nutricional.
O médico Marcelo Pinheiro, da Unifesp, diz que a pesquisa foi desenhada e consolidada pelos próprios coordenadores, sem interferência da Wyeth.
Apesar disso, há quem questione possível conflito de interesses. "Acho que sempre ocorre uma atitude tendenciosa. Eu acreditaria piamente nos resultados obtidos se a pesquisa fosse realizada em âmbito acadêmico e sem nenhum patrocínio", afirma o nutrólogo Edson Credidio.
O trabalho de campo foi do instituto Ipsos, por meio de um inquérito alimentar (que avalia o que a pessoa comeu nas últimas 24 horas). (CC)


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