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Estudo foi pago por fabricante de vitaminas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Wyeth Consumer
Healthcare, laboratório
que produz suplementos
vitamínicos, pagou os R$
300 mil necessários para a
pesquisa sobre o hábito
alimentar do brasileiro.
A prática tem sido comum nas universidades
brasileiras, que não têm
verbas próprias para estudos de grande porte.
Segundo a empresa, o
valor foi repassado à Unifesp, que definiu como investir o recurso. Os pesquisadores não foram remunerados, segundo a
Wyeth. A Faculdade de
Saúde Pública da USP entrou para avaliar os dados
da parte nutricional.
O médico Marcelo Pinheiro, da Unifesp, diz que
a pesquisa foi desenhada e
consolidada pelos próprios coordenadores, sem
interferência da Wyeth.
Apesar disso, há quem
questione possível conflito de interesses. "Acho que
sempre ocorre uma atitude tendenciosa. Eu acreditaria piamente nos resultados obtidos se a pesquisa
fosse realizada em âmbito
acadêmico e sem nenhum
patrocínio", afirma o nutrólogo Edson Credidio.
O trabalho de campo foi
do instituto Ipsos, por
meio de um inquérito alimentar (que avalia o que a
pessoa comeu nas últimas
24 horas).
(CC)
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