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Seqüestradores
votaram para
matar Emile
DO "AGORA"
Seis das oito pessoas presas acusadas do seqüestro e da morte de
Emile Perez de Souza, 10, filha do
candidato derrotado a vice-prefeito de Rio Grande da Serra (região do ABC Paulista), Nilson
Gonçalves de Souza, 40, fizeram
uma votação para decidir se a garota deveria ou não ser libertada
com vida, segundo a polícia.
"Antes de matá-la, os acusados
fizeram uma eleição e decidiram
que a menina deveria ser morta,
pois o cerco da polícia se fechava e
ela também poderia reconhecê-los se fosse solta com vida", afirmou o delegado Nelson Silveira
Guimarães. Ontem, a polícia disse
ter esclarecido o seqüestro de
Emile, morta à facadas, na madrugada de 7 de outubro, e encontrada em um saco de nylon.
No dia 3 de outubro, quando foi
realizado o primeiro turno das
eleições municipais, a menina fazia campanha política para o pai,
em um escola da cidade, quando
foi levada por dois dos acusados
com a desculpa de que eles a levariam ao local onde os votos seriam contados. A intenção era
conseguir um valor que, de acordo com a eleição ou não do pai de
Emile, poderia variar entre R$
10.000 e R$ 2 milhões.
Apontado como o mentor e líder da quadrilha que seqüestrou e
matou Emile, um homem de 26
anos foi preso e denunciou sua
mãe, de 52, como a pessoa que teria ajudado a levar a menina para
o cativeiro. Além dos dois, foi preso um agricultor de 76 anos, que,
no dia 7, disse haver tido "visões
divinas" e ter sido por elas levado
até o local onde estava o corpo. De
acordo com a polícia, ele ajudou a
cuidar da garota no cativeiro.
O primeiro a ser preso forneceu
os nomes dos demais acusados. O
rapaz de 19 anos era responsável
pelo cativeiro e é suspeito de ter
violentado Emile. Um outro rapaz, de 17 anos, foi acusado de receber R$ 50 para monitorar a família da menina durante o seqüestro. Ele está detido. Um ex-funcionário do pai de Emile também foi denunciado, assim como
mais dois homens-um deles
suspeito de esfaquear a menina.
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