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Em Santa Cecília, moradores acham que alvo era outro
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Moradores do edifício assaltado na sexta-feira em
Santa Cecília acreditam que
o crime tenha sido cometido
por engano. Confiantes na
tranquilidade do bairro, eles
tinham o hábito de deixar
sempre aberta uma das três
portas de entrada.
As outras duas eram trancadas com chave comum
-agora reforçada com uma
tetrachave-, sem alarme ou
cerca elétrica e cercadas por
uma grade baixa. O zelador,
João Castro, 64, que ali mora
desde a construção do prédio, há 35 anos, não faz as vezes de porteiro o dia inteiro.
"Entraram aqui errado",
diz. O prédio, de dois apartamentos por andar, não foi
considerado atraente por um
dos ladrões, que reclamou
com um parceiro que "não
valia a pena", segundo relato
de um morador à Folha.
Mesmo assim, os assaltantes abriram as duas portas de
entrada com uma micha (ferramenta que auxilia o chaveiro a abrir portas) e abordaram os 11 moradores que passaram por ali, por volta das
23h30 de sexta.
Eles eram levados para a
cobertura -apartamento do
primeiro morador abordado- e amarrados com gravatas. Cinco dos 20 imóveis e
dois carros foram roubados.
Um dos moradores abordados levou os assaltantes
ao seu apartamento e tentou
argumentar que ali não havia
nada de valor. Entregou R$
1.000 e o celular, e eles foram
embora. Seu pai, de 85 anos,
que dormia, nada ouviu.
"Tomara que tenha sido
por engano, para não voltarem mais", disse outro morador, de 84 anos, há 27 ali.
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