São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Em Santa Cecília, moradores acham que alvo era outro

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Moradores do edifício assaltado na sexta-feira em Santa Cecília acreditam que o crime tenha sido cometido por engano. Confiantes na tranquilidade do bairro, eles tinham o hábito de deixar sempre aberta uma das três portas de entrada.
As outras duas eram trancadas com chave comum -agora reforçada com uma tetrachave-, sem alarme ou cerca elétrica e cercadas por uma grade baixa. O zelador, João Castro, 64, que ali mora desde a construção do prédio, há 35 anos, não faz as vezes de porteiro o dia inteiro.
"Entraram aqui errado", diz. O prédio, de dois apartamentos por andar, não foi considerado atraente por um dos ladrões, que reclamou com um parceiro que "não valia a pena", segundo relato de um morador à Folha.
Mesmo assim, os assaltantes abriram as duas portas de entrada com uma micha (ferramenta que auxilia o chaveiro a abrir portas) e abordaram os 11 moradores que passaram por ali, por volta das 23h30 de sexta.
Eles eram levados para a cobertura -apartamento do primeiro morador abordado- e amarrados com gravatas. Cinco dos 20 imóveis e dois carros foram roubados.
Um dos moradores abordados levou os assaltantes ao seu apartamento e tentou argumentar que ali não havia nada de valor. Entregou R$ 1.000 e o celular, e eles foram embora. Seu pai, de 85 anos, que dormia, nada ouviu.
"Tomara que tenha sido por engano, para não voltarem mais", disse outro morador, de 84 anos, há 27 ali.


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