São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Cidades afetadas por seca no AM recebem água

Distribuição é feita pela Defesa Civil; 4.000 alunos estão sem aulas em 22 municípios

Alberto Cesar Araujo/Folhapress
Vista do leito seco do rio Negro em Iranduba, próximo a Manaus; vazante dos rios deixou cidades do Amazonas isoladas

DE MANAUS
DE SÃO PAULO

A Defesa Civil do Amazonas anunciou ontem que está enviando água potável para as cidades afetadas pela vazante dos rios Negro e Solimões, que, juntos, formam o rio Amazonas. A água está sendo comprada com recursos do Estado e da União.
Ao todo, serão distribuídas 600 toneladas. A água contaminada de igarapés e lagos já provocou oito mortes.
No domingo, o rio Negro atingiu a menor marca histórica do nível das águas.
Em todo o Estado, cerca de 66 mil famílias foram afetadas, e comunidades ribeirinhas estão isoladas.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, cerca de 4.000 alunos, de 22 municípios, estão sem aulas devido à seca, já que o transporte na região é feito sobretudo por meio dos rios.
O município de São Paulo de Olivença (a 988 km de Manaus), que decretou calamidade pública, recebeu 48 toneladas de água.
Na cidade, foram registradas oito mortes de crianças e idosos que apresentaram sintomas de diarreia, doença causada pelo consumo de água contaminada.
A Defesa Civil também pretende distribuir às populações ribeirinhas 15 mil filtros portáteis, semelhantes aos usados no Haiti após o terremoto de janeiro, mas eles ainda não chegaram ao Estado. Os filtros, importados, duram três anos e vão custar R$ 202 cada um.
Ontem, o rio Negro subiu dois centímetros em Manaus e deve seguir tendência de aumento até novembro. A estimativa, de um dos superintendentes da ANA (Agência Nacional de Águas), Joaquim Gondim, baseia-se nos ciclos anuais de vazante.
Até meados do próximo mês, no entanto, o nível do rio pode voltar a cair. Isso porque o nível do Negro tem relação com o volume de água do Solimões.
A porta de entrada no país do rio Solimões é em Tabatinga, na fronteira do Brasil com o Peru. Ali, a recuperação no nível das águas já foi percebida, diz Gondim. O reflexo da recuperação em Manaus, porém, não é imediato. (KÁTIA BRASIL, FELIPE LUCHETE e RACHEL BOTELHO)


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