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Fuvest mais fácil pode elevar nota de corte
Segundo professores, o exame foi mais simples, o que deve fazer com que pontos mínimos para a segunda fase aumentem
Abstenção foi de 4,96% dos 140.999 inscritos para o vestibular; relação de convocados para a segunda etapa sai no próximo dia 14
FERNANDA CALGARO
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O grau de dificuldade da prova da primeira fase da Fuvest,
realizada ontem, foi considerado fácil, o que deve elevar a nota
de corte para a segunda fase, segundo a avaliação de professores ouvidos pela Folha.
Outra característica apontada foi a presença de efemérides
nas questões, como os 200
anos da vinda da família real
portuguesa ao Brasil.
"Ao analisarmos o nível geral
da prova, que foi mais simples,
podemos vislumbrar um aumento nas notas de corte", afirma Carlos Eduardo Bindi,
coordenador do Etapa.
Serão convocados para a segunda fase candidatos mais
bem classificados em três vezes
o número de vagas. A nota de
corte é a pontuação mínima
para ser convocado. Com uma
prova mais simples, o número
de acertos cresce e, conseqüentemente, a nota de corte sobe.
Enquete on-line (sem valor
estatístico) feita pelo Etapa
com cerca de 2.000 vestibulandos, que participam por meio
do número de inscrição da Fuvest, apontou que a média geral
de acertos foi de 55,7, contra
52,5 no ano passado, segundo
dados até as 22h30. "Pode haver alguma flutuação, mas, pelo
histórico, a enquete tem sido
bastante fidedigna à realidade.
Portanto, podemos esperar
que, se a média dos candidatos
melhorou, a nota de corte tende a subir", avalia Bindi.
Dez por cento das 90 questões, que valem um ponto cada
uma, foram interdisciplinares.
"Na comparação com o ano
passado, foi um pouquinho
mais fácil", disse Antonio Mario Salles, professor de química
do Objetivo. Segundo ele, houve um equilíbrio na distribuição do conteúdo de química.
"Física foi uma prova simples, mas bastante inteligente",
afirma Marcelo Monte Forte
da Fonseca, do Etapa.
Em inglês, a novidade foi que
os enunciados e as alternativas
eram em português, o que deve
ter facilitado para os vestibulandos. "Foi uma prova bastante tranqüila, com vocabulário
fácil", avalia Alahkin de Barros
Filho, professor do Etapa.
"Exceto pela parte de exatas,
a prova foi mais fácil do que no
ano passado. As questões que
envolviam interdisciplinaridade foram fáceis. A mais difícil
foi a de matemática", afirma
Bruno Carvalho, 19, candidato
a uma vaga em publicidade.
Já para Solange da Silva
Amorim, 23, que presta medicina pelo quinto ano, o exame
foi mais difícil. "Queria estar
mais contente. Nas questões de
interdisciplinaridade, pediram
mais interpretação de texto."
Apenas 4,96% dos 140.999
candidatos deixaram de comparecer à prova. Na região metropolitana de São Paulo, 4.955
vestibulandos não foram e no
interior faltaram 2.042 inscritos. Esses números são inferiores aos do ano passado, quando
5,17% estiveram ausentes.
São Caetano do Sul foi a cidade em que o índice de abstenção foi o maior, com 10,17%.
Nenhum incidente grave foi
registrado durante a aplicação
do exame, segundo a fundação.
A Fuvest publica no dia 14 a
lista dos convocados para a segunda fase, que acontece de 6 a
10 de janeiro, e a lista dos aprovados sai no dia 7 de fevereiro.
Estão em disputa 10.552 vagas, sendo 10.302 para a USP,
cem para a Santa Casa e 150 para a Academia de Polícia Militar do Barro Branco.
Jornalismo é a carreira mais
disputada, com 41,63 candidatos por vaga. O líder no número
de inscrições (12.973), no entanto, é o curso de medicina.
NA INTERNET - Confira a resolução
das questões da primeira fase em
www.folha.com.br
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