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ANÁLISE
Passear no shopping é um calvário
JAIRO MARQUES
COORDENADOR-ASSISTENTE DA
AGÊNCIA FOLHA
Ir ao shopping é um prazer
para boa parte dos consumidores. Para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, nem tanto. Pode se tornar
um suplício devido à falta de
condições de acesso ou falta de
cidadania mesmo.
Evidentemente é mais tranquilo transitar num centro de
compras do que nas calçadas
hostis das grandes cidades.
Mas os incômodos aos deficientes na hora das compras
começam já na chegada, ao tentar estacionar o carro. Vagas especiais são ocupadas por carros
de pessoas sem necessidade,
que apostam na falta de punição; e ganham.
Resultado: quem precisa de
mais espaço para sair do carro
tem de optar entre ir embora,
aguardar um lugar livre ou ocupar duas vagas comuns. Sob o
risco de ser xingado. O calvário
continua. Apesar das escadas
rolantes, as pessoas usam o elevador. Nos banheiros, pia e espelhos altos são bem comuns.
Incluir é chique, está na moda
e é lei. Brega demais é ter de fazer blitz para que os shoppings
entendam isso.
O autor é cadeirante e edita o blog http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br
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