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Moradores queimam ônibus após morte de adolescente por PM
Secretaria da Segurança diz que rapaz foi morto durante perseguição policial
DO "AGORA"
Um estudante de 15 anos foi
morto na noite de quarta em
um suposto tiroteio com a Polícia Militar em Taboão da Serra
(Grande SP). Revoltados, moradores queimaram um ônibus
e apedrejaram outro.
A Secretaria da Segurança
afirma que a morte de Ewerton
Henrique de Freitas aconteceu
durante uma perseguição, na
qual policiais teriam dado sinal
de parada a dois ocupantes de
uma moto, que não pararam.
Na fuga, a moto teria derrapado
e caído. Nesse momento, o garoto teria atirado em um policial -os PMs revidaram e atingiram o adolescente.
Mãe de Ewerton, a auxiliar
de produção Ilda Santos Freitas, 43, diz, porém, que seu filho, que trabalhava em uma
pizzaria, foi morto sem motivo.
"Ele era trabalhador e estava na
garupa de outro funcionário
depois de terem entregue o último pedido. Quando perceberam um carro com os faróis
apagados atrás, pensaram que
era assalto e tentaram fugir."
Patrício de Nascimento Damasceno, 23, que dirigia a moto, foi preso e autuado por desobediência, resistência e porte
ilegal de armas.
A Secretaria da Segurança
Pública disse que o garoto foi
morto depois de uma troca de
tiros com os policiais. Segundo
o delegado titular de Embu, Israel Rovaroto Presoto Júnior, a
versão dos policiais é aceita na
investigação, mas ele pediu
uma série de exames para sanar
qualquer tipo de dúvida.
"Solicitei exame residuográfico para ver se tinha pólvora na
mão do adolescente e também
o exame do IML [Instituto Médico Legal], para saber a posição em que a bala entrou no
corpo. Se a versão dos policiais
não for a correta, aí sim poderemos mudar os rumos."
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