São Paulo, domingo, 27 de março de 2011 |
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OUTRO LADO Unimed afirma que taxa é cobrada apenas por médicos Operadoras reconhecem que a prática existe, mas dizem que não é oficial; conselheiro do Cremesp vê prejuízo DE RIBEIRÃO PRETO A Unimed afirma que a "taxa de chamada" não é reconhecida oficialmente pela operadora, embora admita que a prática exista e é aplicada pelos médicos da cooperativa de saúde. Segundo o vice-presidente da Unimed de Ribeirão Preto, Percival Martineli, a cobrança do adicional não é permitida, mas não há interferência nas negociações entre os médicos e os pacientes. "Acredito que essa cobrança vai acontecer quando implantarmos a escala fixa de plantonistas, mas não temos muito o que fazer. Se a paciente quer pagar esse valor para ter seu médico no momento do parto, o que podemos fazer para impedir?", questiona Martineli. INTERFERÊNCIA As assessorias de imprensa das Unimeds de Campinas, Americana e Franca informaram que os planos de saúde que garantem a cobertura de obstetrícia asseguram os partos assistidos por médicos plantonistas. Caso a paciente opte por fazer o parto com o médico que a acompanhou durante a gestação, ainda de acordo com as assessorias, ela pode acionar o profissional e contar ainda com a assistência do obstetra plantonista. Sobre a cobrança da taxa adicional, as Unimeds afirmaram que a negociação é feita diretamente entre os médicos e as pacientes. Segundo elas, não há nenhuma interferência da operadora de plano de saúde. De acordo com o conselheiro regional do Cremesp Isac Jorge Filho, a relação entre médicos e pacientes não deveria sofrer nenhum tipo de interferência financeira como acontece nesses casos. O conselheiro afirma ainda que o código de ética dos médicos prevê que a complementação de honorários na saúde privada somente pode ser cobrada quando prevista anteriormente em contrato. "Na realidade essa cobrança é uma tentativa de reorganizar o ganho dos médicos, que está absurdamente baixo, mas, se não estiver prevista em contrato, sem dúvida ela é irregular", afirmou. Texto Anterior: Análise: Em vez de artimanhas, empresas deveriam melhorar os serviços Próximo Texto: Minha História - Odesson Alves Ferreira, 56: O dia que nunca passou Índice | Comunicar Erros |
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