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Ibama alertou para
fogo há dois meses
LUCAS FIGUEIREDO
da Sucursal de Brasília
Há dois meses, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis) de Roraima começou a alertar para os riscos das queimadas
na região.
Mas só na semana passada o governo iniciou uma operação de
emergência -envolvendo vários
órgãos federais- para combate às
queimadas. Documento do Ibama
comprova que o pessoal do órgão
em Roraima iniciou o alerta no dia
28 de janeiro, enviando fax à Diretoria de Controle e Fiscalização
pedindo recursos para trabalhos
de fiscalização de queimadas.
Um dia depois, a superintendência de Roraima proibiu queimadas
na região. A partir daí, prosseguiu
com o trabalho rotineiro de fiscalização. Segundo apurou a reportagem, uma das críticas internas
feitas pelo comando da operação
de combate ao fogo é sobre a falta
de ação no momento em que os
alertas começaram a ser feitos pelos órgãos de fiscalização.
Na semana passada, um dia depois de o Ibama ter anunciado que
seriam necessários 920 bombeiros, a Secretaria de Políticas Regionais -então responsável pelo
comando da operação- calculava
que entre 700 e 800 homens seriam
suficientes. O número de bombeiros florestais que na área ou a caminho dela chega a 1.100.
Ontem, durante solenidade sobre o plano do governo para combate à desertificação, o ministro
Gustavo Krause (Meio Ambiente)
fez um desabafo sobre as críticas
que sua pasta recebe."O Ministério do Meio Ambiente é normativo. Os parâmetros de cobrança
são equivocados", disse.
A falta de comando político foi
uma das razões que fizeram o Palácio do Planalto tirar o comando
da operação da Secretaria de Políticas Regionais e passá-la para o
Exército. Agora, o governo vai
tentar unificar as áreas responsáveis pela identificação de problemas ambientais com uma força de
combate a incêndios sob o comando único das Forças Armadas.
A Folha ligou duas vezes para a
assessoria de imprensa da Secretaria de Políticas Regionais e deixou
recado. Até às 19h de ontem, não
recebeu resposta.
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