TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Professores da USP resolveram ontem realizar nova paralisação de um dia, na terça-feira, quando também haverá nova assembleia. Querem que o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo) marque nova reunião sobre reajuste salarial.
Na semana passada, os reitores ofereceram 6% de aumento.
Funcionários e professores de USP, Unesp e Unicamp pedem 16%, além da incorporação de uma parcela fixa de R$ 200.
A nova rodada de negociações deveria ter ocorrido anteontem. Mas um grupo de alunos invadiu a reitoria da USP, arrombando e quebrando portas de vidro. Dizem ter sido resposta ao veto à presença na reunião de parte dos membros do Fórum das Seis -que representa alunos, docentes e funcionários de USP, Unicamp e Unesp.
A USP afirma que barrou apenas um ex-funcionário, demitido em dezembro, que faz parte do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP). O prejuízo foi estimado em R$ 10 mil.
Imagens de câmeras serão analisadas e os responsáveis pelos danos deverão ser punidos.
Ontem, os docentes também decidiram entrar com mandado de segurança para anular mudanças na carreira aprovadas pelo Conselho Universitário em março. Dizem não ter havido poucas discussões.
Na Unicamp, professores decidiram não entrar em greve agora, mas agendaram reuniões para hoje. Haverá nova assembleia amanhã. Funcionários também fazem assembleia e podem decidir pela greve.