|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Rio recorre da suspensão de cota em universidades
DA SUCURSAL DO RIO
O governo do Rio recorrerá
da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de suspender
temporariamente os efeitos da
lei de cotas nas universidades
estaduais fluminenses.
A decisão do TJ do Rio, de anteontem, foi favorável ao pedido do deputado estadual Flávio
Bolsonaro (PP) para declarar a
lei 5.346/08 inconstitucional.
Para o deputado, a lei é "demagógica, discriminatória e
não atinge seus objetivos", pois
"provoca um acirramento da
discriminação na sociedade."
A estratégia da Procuradoria
Geral do Estado será inicialmente solicitar que a decisão
não surta efeito no vestibular
que já está em curso. Mas o governo também defenderá a
constitucionalidade da lei.
Para o secretário de Ciência e
Tecnologia, Alexandre Cardoso, a medida prejudica 67 mil
alunos inscritos no vestibular
das universidades estaduais,
pois eles se inscreveram no
concurso com base nas regras
de um edital já divulgado.
Por enquanto, a decisão ainda não altera o vestibular, já
que apenas a primeira fase é
realizada no primeiro semestre, e, só na segunda fase, é pedido aos alunos que informem
se concorrerão por cota.
A lei original passou por várias modificações na Assembleia Legislativa, mas, em 2008,
foi mantida a reserva de 45%
das vagas para negros, indígenas, alunos da rede pública, deficientes e filhos de policiais,
bombeiros ou militares mortos
em serviço.
Para o reitor da Uerj, Ricardo
Vieiralves, a decisão da Justiça
gera insegurança em todas as
universidades do país que adotam cotas.
Texto Anterior: Professores da USP vão parar de novo na terça Próximo Texto: Gilberto Dimenstein: As muralhas da rua Jericó Índice
|