São Paulo, terça, 27 de maio de 1997.



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Investigação é prejudicada

São Gonçalo do Amarante

A falta de estrutura na delegacia de São Gonçalo do Amarante (RN) está prejudicando as investigações sobre os assassinatos em série cometidos semana passada pelo comerciante Genildo Ferreira de França, 27.
A delegacia não tem telefone e o delegado Odon Pereira de Araujo, 51, é obrigado a utilizar um orelhão ou seu telefone celular particular para trabalhar.
O único carro que os policiais tinham à disposição está sendo periciado porque recebeu cerca de dez tiros durante a perseguição ao comerciante.
Os outros dois acusados de participação nos crimes -a adolescente V.R.S., 16, e o ceramista Francisco de Assis Ramos dos Santos- foram transferidos do local devido à falta de segurança nas celas.
Até ontem, cinco dias após a morte de França durante troca de tiros com a polícia, nenhuma das 18 testemunhas que devem ser intimadas havia sido ouvida.
O delegado, que tem dez dias para encerrar as investigações, já admite pedir a prorrogação do inquérito. Um dos motivos seria o prazo considerado necessário pela perícia para emitir os laudos técnicos sobre os crimes.
Dos exames requisitados, apenas o de conjunção carnal já foi concluído. Os peritos comprovaram que a adolescente manteve relações sexuais durante o período em que esteve com França. Ela alega ter sido obrigada por ele.
(FG e PM)



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