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Para órgão, só é preciso alguns ajustes
DA REPORTAGEM LOCAL
A aprovação das contas da Prefeitura de São Paulo ontem inclui
apenas recomendações à administração, como o envio à Câmara
Municipal de projeto de lei para
regulamentar gastos do município com verbas arrecadadas com
multas de trânsito.
A recomendação foi feita devido à controvérsia sobre esses gastos entre técnicos do TCM (Tribunal de Contas do Município) e a
administração petista.
Para técnicos, a prefeitura descumpriu em 2001 o Código Brasileiro de Trânsito ao não aplicar os
recursos arrecadados (R$ 339 milhões) em sinalização, engenharia
de tráfego, policiamento, fiscalização e educação de trânsito e a
um fundo nacional.
Pelas contas do tribunal, em
2001 os gastos somaram apenas
cerca de R$ 250 milhões. A gestão
petista, no entanto, alega ter investido R$ 452,7 milhões nos itens
previstos no código de trânsito.
A diferença entre os valores,
concluíram os conselheiros, se
deve à interpretação do código
sobre o que pode ser considerado
gasto com trânsito. Por isso, eles
propuseram que uma lei municipal defina a questão.
Outra recomendação dada à administração trata da necessidade
de a prefeitura efetivar gastos do
Fundef (fundo de desenvolvimento do ensino fundamental)
no mesmo ano em que os recursos foram recebidos.
Em 2001, segundo o tribunal, a
prefeitura deixou de gastar R$
125,1 milhões do fundo. Os conselheiros determinaram que a verba
deve ser usada neste ano, sem que
seja incluída no cálculo dos gastos
obrigatórios da educação.
As recomendações feitas decorrem de imperfeições achadas pelo
tribunal. Elas, no entanto, foram
descartadas como justificativa para rejeição das contas.
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