FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

As medidas anunciadas pelo Ministério da Justiça para combater a violência no Rio não são nada mais do que a formalização de uma força-tarefa que já deveria estar atuando desde o mês passado, de acordo com pedidos feitos pelo governo do Estado.
O governo estadual divulgou ontem nota oficial, informando que a governadora Benedita da Silva (PT) ficou "otimista" ao constatar que, das dez medidas anunciadas, seis constavam de ofícios enviados em 21 de maio à Presidência da República e aos Ministérios da Defesa e da Justiça.
Entre as medidas estão, por exemplo, a participação da inteligência do Exército no rastreamento de armas, o patrulhamento da Marinha na costa fluminense e a integração da Receita Federal e do Banco Central no combate à lavagem de dinheiro.
No entanto, até ontem, dos órgãos federais, só a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estavam agindo em conjunto com as polícias estaduais. Ontem de manhã, Benedita voltou a falar por telefone com FHC.
Para a governadora, as ações são uma forma de o governo federal reconhecer que o problema de segurança no Rio de Janeiro não pode ser tratado de forma isolada. "O Rio de Janeiro não é uma ilha", disse.
Aceitar a coordenação federal foi um recuo, pois, o governo nem aceitava a criação da força-tarefa.



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