São Paulo, domingo, 27 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governo não atingiu metas de programa

DA REPORTAGEM LOCAL

As metas do programa De Volta para Casa foram todas revistas. Lançado há um ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como principal projeto de saúde mental, prometia atender 11 mil pessoas até 2006.
Só no ano passado, o governo pretendia beneficiar com R$ 240 por mês 2.000 pessoas que estiveram pelo menos dois anos internadas e voltaram para casa, pagos inicialmente durante um ano. Até agora, apenas 472 pessoas já recebem. O maior número, 89, é de Campinas (SP), governada pelo PT.
Segundo o Ministério da Saúde, a idéia agora é atender 10 mil pessoas até 2007. O maior problema para a expansão foi a interpretação, da Previdência Social, de que pacientes que já recebiam o benefício de prestação continuada para deficientes não poderiam ter um segundo auxílio. A Saúde protestou e agora aguarda um novo parecer da Previdência.
Outro empecilho é a resistência das famílias e a falta de documentação dos pacientes -o ministério pediu que o Ministério Público auxilie na agilização.
"Todo mundo recebeu e para mim não veio nada", diz Luiz Antônio Buzinário, 50, que vive em uma residência terapêutica em Campinas. Ele já recebia o outro benefício. Desempregado, queria, com o dinheiro do novo programa, comprar panelas e cortar o cabelo. "Mas não naquele de R$ 1, que não é grande coisa." (FL)


Texto Anterior: Hospitais resistem às novas políticas
Próximo Texto: Outro lado: Objetivo da reforma é alcançar mais pacientes, diz ministério
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.