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Na Bélgica, lei permite transferir só um embrião
DA ENVIADA ESPECIAL A COPENHAGUE
Uma lei belga de 2003 determina a transferência de só
um embrião (de ótima qualidade) para o útero de pacientes abaixo de 37 anos.
O sistema público de saúde do país custeia até seis ciclos de FIV para mulheres
com menos de 43 anos. Hoje, 51% das belgas que procuram a reprodução assistida têm mais de 35 anos.
Nos últimos dois anos, o
país reduziu a taxa de embriões transferidos quase pela metade -de 2,3 para 1,4.
O índice de gravidez múltipla foi de 26,2% para 8,8%.
Um estudo mostra redução de custos de quase
3.000 por parto. Na gravidez múltipla, cada nascimento custa 19.100. Na
gravidez única, 16.300.
Além dos riscos à saúde da
gestante e à do bebê, pesquisas mostram que o estresse
da gestação e do nascimento
de múltiplos aumenta as
chances de divórcio.
Com taxa média de gravidez múltipla de 24%, a Holanda e a Finlândia -cujos
sistemas de saúde financiam
a FIV- têm programas de
aconselhamento de casais,
orientando-os a transferir
um único embrião, mas encontram resistências.
Segundo Didi Braat, professora de ginecologia e obstetrícia da Universidade
Radboud, Nijmegen (Países
Baixos), idade avançada da
mulher, tentativas frustradas de gravidez, impacto físico e emocional do tratamento de reprodução assistida e crença de que, com
mais embriões, as chances
de gravidez serão melhores
são fatores que levam a
maioria dos casais a transferir mais de um embrião.
Mas, se o caso for bem selecionado, as chances de gravidez com a transferência de um único embrião são similares às de dois embriões.
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