São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 2005

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Na Bélgica, lei permite transferir só um embrião

DA ENVIADA ESPECIAL A COPENHAGUE

Uma lei belga de 2003 determina a transferência de só um embrião (de ótima qualidade) para o útero de pacientes abaixo de 37 anos.
O sistema público de saúde do país custeia até seis ciclos de FIV para mulheres com menos de 43 anos. Hoje, 51% das belgas que procuram a reprodução assistida têm mais de 35 anos.
Nos últimos dois anos, o país reduziu a taxa de embriões transferidos quase pela metade -de 2,3 para 1,4. O índice de gravidez múltipla foi de 26,2% para 8,8%.
Um estudo mostra redução de custos de quase 3.000 por parto. Na gravidez múltipla, cada nascimento custa 19.100. Na gravidez única, 16.300.
Além dos riscos à saúde da gestante e à do bebê, pesquisas mostram que o estresse da gestação e do nascimento de múltiplos aumenta as chances de divórcio.
Com taxa média de gravidez múltipla de 24%, a Holanda e a Finlândia -cujos sistemas de saúde financiam a FIV- têm programas de aconselhamento de casais, orientando-os a transferir um único embrião, mas encontram resistências.
Segundo Didi Braat, professora de ginecologia e obstetrícia da Universidade Radboud, Nijmegen (Países Baixos), idade avançada da mulher, tentativas frustradas de gravidez, impacto físico e emocional do tratamento de reprodução assistida e crença de que, com mais embriões, as chances de gravidez serão melhores são fatores que levam a maioria dos casais a transferir mais de um embrião.
Mas, se o caso for bem selecionado, as chances de gravidez com a transferência de um único embrião são similares às de dois embriões.

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