DA REPORTAGEM LOCAL

Para a Secretaria Municipal de Saúde, os 21 carros parados em terreno do Exército seriam úteis no combate à dengue, principalmente as seis camionetes Ranger.
Segundo o chefe de gabinete da secretaria, Paulo Carrara, 47, o município de São Paulo tem demanda por mais veículos, pois frequentemente carros da própria prefeitura são utilizados nos trabalhos de campo. "Agora no inverno nem tanto, mas, no verão, nós precisamos de mais carros". Os automóveis da reserva estratégica estiveram parados no terreno durante o verão.
A Funasa divulgou que os 234 veículos cedidos neste ano para os municípios do Estado de São Paulo foram considerados suficientes para o combate à doença.
A prefeitura tem 128 carros -Palio Weekend e Fiat Strada- cedidos pela Funasa no início do ano, mas nenhuma camionete. "Precisamos de veículos maiores. Muitas vezes temos de fazer comboios com os que temos, que são pequenos."
O diretor de administração da Funasa, Celso Tadeu Silveira, 47, disse que a reserva é apenas para situações emergenciais e por isso não poderia ser requisitada pela secretaria municipal de São Paulo. "Essa reserva é propriedade da Funasa. Não é para servir a esse tipo de necessidade."

Economia
Carrara disse que sairia mais em conta para os cofres públicos se o governo federal repassasse aos municípios a verba, em lugar dos veículos. "Poderíamos alugar carros, e não comprá-los".
Segundo ele, a demanda por veículos no verão é maior porque é preciso carregar grandes quantidades de veneno e equipamentos. No inverno, alguns veículos ficam parados, mas a prefeitura arca com os custos de manutenção.
Silveira disse que essa experiência foi tentada no passado sem grandes resultados. Segundo ele, poucos municípios viabilizavam a compra de veículos e alguns carros eram usados para outros fins. "E a compra centralizada resulta em preços menores." A Funasa pagou R$ 14,3 mil pelos Fiat Strada e R$ 37,2 mil pelos Ford Ranger. Os preços médios de mercado são, respectivamente, R$ 30 mil e R$ 50 mil. (DR)


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