São Paulo, domingo, 27 de julho de 2008

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O corpo trava e os dentes rangem, diz jovem usuário

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A atração da novidade é um dos fatores que estimulam o consumo de zirrê, como afirma o estudante de marketing Felipe, 22, usuário de maconha desde os 18.
"O zirrê apareceu como um carro novo que ninguém dirigiu ainda e todos queriam saber como era a direção. Os outros carros podiam ser mais "potentes" mais esse chamava a atenção por ser diferente e você se sente o máximo por ser um dos primeiros", diz o jovem.
A experiência parece antagônica. "Eu ficava com pensamento voando, viajava e esquecia de todas as coisas, mas, ao mesmo tempo, meu corpo ficava travado e os dentes rangiam", descreve Felipe, que sentia o efeito da droga por até 30 minutos.
Normalmente, zirrê é fumado e compartilhado entre amigos. "Às vezes, eu nem sabia que estava fumando o zirrê. Um amigo me oferecia um cigarro que parecia de maconha e eu aceitava. Eu fumava normalmente. Eu reclamava que não estava sentindo nada até me falarem que era zirrê e percebia os sintomas", alerta o carioca, de classe media alta que considera uma sorte não ter se viciado no crack.
Um jovem identificado como Adão no Orkut não teve o mesmo destino: "...Nem da maconha eu gosto mais... Não vale a pena, além de não sair mais da minha cabeça ela levou meu dinheiro, minha moral, minha vontade de trabalhar de fazer as coisas", escreveu. (FW)


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