São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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150 mil ficam na fila em unidades de Fortaleza

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Cerca de 150 mil pessoas aguardam para serem atendidas por especialistas ou para fazer exames já recomendados por médicos do sistema de saúde municipal em Fortaleza (CE). A espera pode chegar a um ano. Para a prefeitura, parte do problema é a insuficiência de médicos, mas também há deficiência na gestão da agenda de consultas.
Até chegar à consulta especializada ou ao exame, o paciente tem de passar por um clínico geral nos postos de saúde, o que também nem sempre é fácil. Apesar de haver 89 unidades na cidade, há filas devido à falta de médicos.
Sem conseguir resolver seus problemas em consultas, os pacientes seguem para hospitais, onde os médicos atendem até cem pessoas em 12 horas.
Para o secretário de Saúde de Fortaleza, Odorico Monteiro, porém, não há crise. Ele atribui o aumento da procura a especialistas à maior cobertura do Programa Saúde da Família, que, até 2004, tinha 82 equipes e agora tem 300. "Havia uma demanda reprimida oculta, que agora apareceu ao alargarmos a base de assistência."
Segundo o coordenador do Same (Sistema de Arquivo Médico e Estatístico), Moacir Tavares, até 2004 eram feitas 20 mil consultas por mês e agora são realizadas 90 mil.


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