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JUSTIÇA
Caso ocorreu em agosto de 98
Acusado de atropelar estudante é julgado em S.Paulo
ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local
Começou ontem no 5º Tribunal
do Júri, no Fórum de Pinheiros
(zona sudoeste de São Paulo), o
julgamento do operador de câmbio Crauzemberg Casotti Campos, 42, acusado de atropelar e
matar o estudante Franco Giobbi,
22, na madrugada de 23 de agosto
do ano passado.
Até as 19h as testemunhas ainda
estavam sendo ouvidas. A previsão é que o julgamento acabe hoje
à noite.
Franco Giobbi, que dirigia uma
moto importada Kawasaki Ninja,
foi perseguido por Campos, em
seu Fiat Tempra.
Campos e sua noiva, Magda Silva de Figueiredo, 28, haviam saído do restaurante Pantanal, na
avenida Sumaré (zona noroeste),
à 0h30. Ele havia acabado de fazer
o retorno para pegar a pista sentido marginal da avenida Sumaré
quando diz ter sido abordado por
um motoqueiro.
"Vi pelo retrovisor que o motoqueiro, que usava capacete, gesticulava. Quando ele se aproximou
da janela da minha noiva, gritou
que eu o havia fechado e me xingou de cego", afirmou Campos
durante interrogatório da juíza
Silvia Maria Facchina Martinez.
"Boletim de ocorrência"
Em seguida, o réu disse que um
outro motoqueiro, sem capacete,
também se aproximou do carro.
Esse motoqueiro, segundo Campos, deu-lhe um murro na boca.
"Em princípio achei que se tratava de um assalto, mas depois
percebi que era outra coisa. Fui
atrás deles para anotar as placas
das motos para fazer o boletim de
ocorrência", disse Campos.
Ele afirmou que no viaduto Antártica os motoqueiros aceleraram e ele acelerou também.
"Vi que o motorista que estava
sem capacete havia diminuído a
velocidade, pois havia um farol
vermelho. Brequei fundo, com todas as minhas forças, mas o carro
começou a escorregar", disse.
Para a acusação, Campos teve a
intenção de jogar o carro contra a
moto.
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