São Paulo, Sexta-feira, 27 de Agosto de 1999
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JUSTIÇA
Caso ocorreu em agosto de 98
Acusado de atropelar estudante é julgado em S.Paulo

ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local

Começou ontem no 5º Tribunal do Júri, no Fórum de Pinheiros (zona sudoeste de São Paulo), o julgamento do operador de câmbio Crauzemberg Casotti Campos, 42, acusado de atropelar e matar o estudante Franco Giobbi, 22, na madrugada de 23 de agosto do ano passado.
Até as 19h as testemunhas ainda estavam sendo ouvidas. A previsão é que o julgamento acabe hoje à noite.
Franco Giobbi, que dirigia uma moto importada Kawasaki Ninja, foi perseguido por Campos, em seu Fiat Tempra.
Campos e sua noiva, Magda Silva de Figueiredo, 28, haviam saído do restaurante Pantanal, na avenida Sumaré (zona noroeste), à 0h30. Ele havia acabado de fazer o retorno para pegar a pista sentido marginal da avenida Sumaré quando diz ter sido abordado por um motoqueiro.
"Vi pelo retrovisor que o motoqueiro, que usava capacete, gesticulava. Quando ele se aproximou da janela da minha noiva, gritou que eu o havia fechado e me xingou de cego", afirmou Campos durante interrogatório da juíza Silvia Maria Facchina Martinez.

"Boletim de ocorrência"
Em seguida, o réu disse que um outro motoqueiro, sem capacete, também se aproximou do carro. Esse motoqueiro, segundo Campos, deu-lhe um murro na boca.
"Em princípio achei que se tratava de um assalto, mas depois percebi que era outra coisa. Fui atrás deles para anotar as placas das motos para fazer o boletim de ocorrência", disse Campos.
Ele afirmou que no viaduto Antártica os motoqueiros aceleraram e ele acelerou também.
"Vi que o motorista que estava sem capacete havia diminuído a velocidade, pois havia um farol vermelho. Brequei fundo, com todas as minhas forças, mas o carro começou a escorregar", disse.
Para a acusação, Campos teve a intenção de jogar o carro contra a moto.


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