São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2004

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Falta de diálogo pode ser causa do aumento

CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um conflito na negociação dos métodos anticoncepcionais com o parceiro é o ponto chave que pode explicar o aumento da gravidez na adolescência em todas as classes sociais.
A menina tem medo de sugerir a camisinha e de não ser aceita pelo namorado. O menino teme falhar na hora "h" usando o preservativo.
Essa é a análise da ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do programa Saúde do Adolescente, da Secretaria de Estado da Saúde, especialista sobre gravidez na adolescência. Para ela, a gravidez precoce não é provocada pela falta de informação sobre os métodos anticoncepcionais. "É falta de diálogo entre os pares", diz. O "ficar" entre os adolescentes, que envolve uma relação fugaz, estaria associado ao aumento da gravidez precoce.
Outro fato que derrubaria essa tese é o alto índice da segunda gravidez entre as adolescentes: 40% voltam a engravidar em três anos se não foram assistidas, a maioria com novos parceiros.
Dados mais recentes sobre a taxa de gravidez precoce no Estado de São Paulo mostram que houve um decréscimo de 26% no número de casos nos últimos cinco anos-148.019 casos em 1998 contra 108.945 em 2003.

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