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Falta de diálogo pode ser causa do aumento
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um conflito na negociação
dos métodos anticoncepcionais com o parceiro é o ponto chave que pode explicar o
aumento da gravidez na
adolescência em todas as
classes sociais.
A menina tem medo de sugerir a camisinha e de não
ser aceita pelo namorado. O
menino teme falhar na hora
"h" usando o preservativo.
Essa é a análise da ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do programa Saúde do Adolescente, da Secretaria de Estado da
Saúde, especialista sobre
gravidez na adolescência.
Para ela, a gravidez precoce
não é provocada pela falta de
informação sobre os métodos anticoncepcionais. "É
falta de diálogo entre os pares", diz. O "ficar" entre os
adolescentes, que envolve
uma relação fugaz, estaria
associado ao aumento da
gravidez precoce.
Outro fato que derrubaria
essa tese é o alto índice da segunda gravidez entre as adolescentes: 40% voltam a engravidar em três anos se não
foram assistidas, a maioria
com novos parceiros.
Dados mais recentes sobre
a taxa de gravidez precoce
no Estado de São Paulo mostram que houve um decréscimo de 26% no número de
casos nos últimos cinco
anos-148.019 casos em
1998 contra 108.945 em 2003.
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