JOÃO PEQUENO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Policiais da DAS (Divisão Anti-Seqüestro) libertaram na madrugada de ontem o empresário Wagner Vieira Pereira, 44. Dono da fábrica de guaraná Strong, ele havia sido seqüestrado na noite de sexta-feira em Belford Roxo (Baixada Fluminense) e estava sendo mantido em cativeiro em uma casa de dois andares na favela do Batan, em Realengo (zona oeste). Wagner passou 31 horas em cativeiro. Durante o resgate, três homens foram presos.
A polícia chegou ao cativeiro do empresário depois de perseguir três homens que estavam em uma Kombi na avenida Presidente Vargas, em frente ao Centro Administrativo São Sebastião, da Prefeitura do Rio, no centro. Com escutas autorizadas pela Justiça, a DAS ouvia negociações entre a família do empresário e os seqüestradores, que pediam R$ 500 mil.
Outra pista seguida pelos policiais foi o fato de os criminosos também terem utilizado uma Kombi -além de um Kadett- no crime. O empresário foi seqüestrado quando saía de uma reunião na fábrica. Ele estava só em seu carro e foi fechado pela Kombi na estrada do Rio de Janeiro, no Jardim Ideal, na Baixada. Pereira tentou dar ré, mas foi fechado novamente por um Kadett.
Assim que foram abordados por cerca de 40 homens da DAS na Presidente Vargas, os seqüestradores atiraram e tentaram fugir, mas a perseguição durou poucos segundos. Os policiais reagiram e balearam um dos criminosos, que mesmo ferido conseguiu fugir a pé, depois de bater com a Kombi no meio-fio.
Presos em flagrante, Claudemir Fernandes de Souza, 27, e Márcio fernandes da Silva, admitiram que haviam seqüestrado Pereira e revelaram o local onde ele estava. Na favela do Arará, a polícia também prendeu Daniel da Silva Campos, 39, dono da casa que servia de cativeiro.
Enquanto esteve em cativeiro, o empresário passou a maior parte do tempo algemado a uma cama.

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