São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 2011

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Para governo, alta de crimes está dentro do 'tolerável'

Delegado-geral afirma que índices devem voltar a cair até o fim do ano

Aumento de roubos e furtos de veículos tem relação com o crescimento da frota, de acordo com policial

DE SÃO PAULO

O delegado-geral de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, disse ontem que o crescimento no número de homicídios em agosto, na comparação com o mesmo mês em 2010, é uma oscilação dentro de uma "margem tolerável".
"Isso está dentro de uma margem de oscilação. O fator humano tem sempre a questão do imponderável. Uma briga de casal, dentro de um apartamento, não tem como a polícia impedir", afirmou. O delegado-geral disse esperar que os índices voltem a cair até o final deste ano.
"A queda abrupta como tivemos no passado, isso não vamos ter. Porque era como uma guerra urbana mesmo." De acordo com o delegado, as polícias Militar e Civil precisam continuar trabalhando e não achar que tudo está resolvido. "Porque não está. É uma luta constante", disse.
Sobre os outros crimes, o policial afirmou que está havendo uma restruturação na polícia e, "a curto prazo", as mudanças terão reflexo na queda de criminalidade.
Parte do crescimento de furtos, afirmou o policial, pode estar ligado ao aumento de notificações devido à participação da PM no registro de Boletins de Ocorrência, algo que começou neste ano. Ele disse ainda que o aumento de roubo e furto de veículos tem ligação com a expansão da frota no Estado.

ESTATÍSTICA
Oficialmente, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) desconsidera a terceira alta consecutiva dos homicídios. Em seu site, a Secretaria da Segurança compara dados dos primeiros oito meses deste ano com o período de 2010.
Considerando só de janeiro a agosto, há uma queda de 6,2% no número de casos em comparação ao ano passado. Segundo estatísticos, tal comparação não leva em conta a sazonalidade dos crimes.
A comparação de um mês deste ano com o mesmo mês do ano passado é mais exata, segundo os técnicos, pois permite captar tendências criminais mais rapidamente.
No que se refere à taxa por 100 mil habitantes, é preciso fazer o cálculo com base nos 12 meses anteriores por causa da sazonalidade. O governo usa a taxa dos primeiros meses e faz uma média para projetá-la até fim do ano.


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