São Paulo, sábado, 27 de outubro de 2001

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Cai liminar que adiava o vestibular da UFRJ

DA SUCURSAL DO RIO E DA AGÊNCIA FOLHA

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio, cassou ontem a liminar que adiava para janeiro e fevereiro a realização do vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a maior universidade federal do país. A Apaerj (Associação de Pais de Alunos do Rio de Janeiro) ameaça entrar com uma nova ação para impedir o concurso no domingo.
A disputa agrava a tensão entre os 56 mil inscritos para a prova. Além de liminares de última hora, eles temem enfrentar protestos que estão sendo organizados por entidades estudantis e docentes que querem o adiamento.
A liminar favorável ao adiamento do vestibular, que tinha sido concedida pela Justiça Federal do Rio, na quarta-feira, foi cassada pelo desembargador federal Arnaldo Lima, presidente do TRF da 2ª Região.
O Ministério Público Federal, que havia movido a primeira ação, afirmou que não vai recorrer da decisão porque não haveria tempo hábil para o TRF julgar um novo recurso.
Caso outra entidade ainda tente impedir a realização do vestibular, terá de recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou ao STF (Supremo Tribunal Federal).
A ameaça de piquetes na porta dos locais de provas causa insegurança e preocupa os candidatos. De acordo com Rafael D'Andrea, 18, que vai prestar vestibular para física, nos últimos dias, na sua escola, só se fala disso. "Eu me preocupo, principalmente porque vou fazer vestibular no Fundão, onde devem estar concentrados os protestos", afirmou Rafael.
Uma manifestação está sendo organizada pela Associação dos Docentes da UFRJ. Os professores convidaram entidades como a OAB e CNBB, além de parlamentares, para um protesto às 7h do domingo, duas horas antes do início das provas, nos campi da Praia Vermelha, na Urca (zona sul), e da Ilha do Fundão (zona norte).
Em nota, o reitor da UFRJ, José Henrique Vilhena, assegura que "a universidade tem condições de garantir a segurança e a tranquilidade para a realização do concurso". A direção da universidade pediu reforço do policiamento nos 36 locais de provas no Estado.

Liminar em Minas
Professores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em greve há 67 dias, conseguiram ontem liminar determinando que o reitor Fernando César de Sá Barreto efetue o pagamento dos salários de setembro, retidos pelo governo federal.
A decisão foi do juiz Antônio Daniel de Oliveira, da 2ª Vara Federal de Minas Gerais, que analisou o mandado de segurança da associação dos docentes da UFMG, a maior instituição federal de ensino superior do Estado.
A decisão não define prazo específico para o cumprimento nem quais seriam as penalidades em caso de desobediência. A UFMG possui, na ativa, cerca de 2.400 professores, e a folha de pagamento mensal referente a eles está em torno de R$ 5,6 milhões.



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