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Cai liminar que adiava
o vestibular da UFRJ
DA SUCURSAL DO RIO E DA AGÊNCIA FOLHA
O Tribunal Regional Federal da
2ª Região, no Rio, cassou ontem a
liminar que adiava para janeiro e
fevereiro a realização do vestibular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a maior
universidade federal do país. A
Apaerj (Associação de Pais de
Alunos do Rio de Janeiro) ameaça
entrar com uma nova ação para
impedir o concurso no domingo.
A disputa agrava a tensão entre
os 56 mil inscritos para a prova.
Além de liminares de última hora,
eles temem enfrentar protestos
que estão sendo organizados por
entidades estudantis e docentes
que querem o adiamento.
A liminar favorável ao adiamento do vestibular, que tinha sido concedida pela Justiça Federal
do Rio, na quarta-feira, foi cassada pelo desembargador federal
Arnaldo Lima, presidente do TRF
da 2ª Região.
O Ministério Público Federal,
que havia movido a primeira
ação, afirmou que não vai recorrer da decisão porque não haveria
tempo hábil para o TRF julgar um
novo recurso.
Caso outra entidade ainda tente
impedir a realização do vestibular, terá de recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou ao
STF (Supremo Tribunal Federal).
A ameaça de piquetes na porta
dos locais de provas causa insegurança e preocupa os candidatos.
De acordo com Rafael D'Andrea,
18, que vai prestar vestibular para
física, nos últimos dias, na sua escola, só se fala disso. "Eu me preocupo, principalmente porque vou
fazer vestibular no Fundão, onde
devem estar concentrados os protestos", afirmou Rafael.
Uma manifestação está sendo
organizada pela Associação dos
Docentes da UFRJ. Os professores
convidaram entidades como a
OAB e CNBB, além de parlamentares, para um protesto às 7h do
domingo, duas horas antes do início das provas, nos campi da Praia
Vermelha, na Urca (zona sul), e
da Ilha do Fundão (zona norte).
Em nota, o reitor da UFRJ, José
Henrique Vilhena, assegura que
"a universidade tem condições de
garantir a segurança e a tranquilidade para a realização do concurso". A direção da universidade
pediu reforço do policiamento
nos 36 locais de provas no Estado.
Liminar em Minas
Professores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais),
em greve há 67 dias, conseguiram
ontem liminar determinando que
o reitor Fernando César de Sá
Barreto efetue o pagamento dos
salários de setembro, retidos pelo
governo federal.
A decisão foi do juiz Antônio
Daniel de Oliveira, da 2ª Vara Federal de Minas Gerais, que analisou o mandado de segurança da
associação dos docentes da
UFMG, a maior instituição federal de ensino superior do Estado.
A decisão não define prazo específico para o cumprimento
nem quais seriam as penalidades
em caso de desobediência. A
UFMG possui, na ativa, cerca de
2.400 professores, e a folha de pagamento mensal referente a eles
está em torno de R$ 5,6 milhões.
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