|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Acusados negam ligação com ataque e adesivos racistas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Três acusados presos negaram ligação com a tentativa de homicídio ou a colagem de adesivos racistas que
teriam sido espalhados pela
cidade de Curitiba.
Uma das acusadas, Fran
Del Segue, disse que "prenderam as pessoas erradas".
"Há muitos grupos em Curitiba [de skinheads]. Pelo
menos 50, ativos, violentos e
que querem carnificina. Não
posso responder por eles",
afirmou ela.
Sobre a apreensão de material de apologia ao nazismo em casa, disse: "Vocês
não são a favor da liberdade
de expressão? Qual o problema em fazer saudação nazista? Estão espantados com o
quê? A gente ensina o que
quiser para os filhos". Ela
também prometeu entregar
à polícia o rapaz que teria
acertado o homossexual
com a tesourada na barriga.
Antes de ser perfurado, ele
foi violentamente espancado por um grupo.
"Sou pai de família, não sei
de violência nenhuma", disse o marido dela, Eduardo
Toniolo Del Segue, professor
de jiu-jitsu que já foi segurança de celebridades.
Estela Herman Heise também falou com os jornalistas. "Na minha casa eles não
encontraram nada que possa justificar essas algemas."
Contra ela, a polícia apresentou apenas fotos, como uma
em que a estudante exibe tatuagens de símbolos nazistas. Até o final da tarde, o
grupo ainda não tinha constituído advogado para que a
Folha tentasse ouvir os defensores dos demais.
Texto Anterior: Intolerância: Paraná prende suspeitos de racismo Próximo Texto: Polícia: Trio acusado de furto de drogas na PF é preso Índice
|