São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2005

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OUTRO LADO

Acusados negam ligação com ataque e adesivos racistas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Três acusados presos negaram ligação com a tentativa de homicídio ou a colagem de adesivos racistas que teriam sido espalhados pela cidade de Curitiba.
Uma das acusadas, Fran Del Segue, disse que "prenderam as pessoas erradas". "Há muitos grupos em Curitiba [de skinheads]. Pelo menos 50, ativos, violentos e que querem carnificina. Não posso responder por eles", afirmou ela.
Sobre a apreensão de material de apologia ao nazismo em casa, disse: "Vocês não são a favor da liberdade de expressão? Qual o problema em fazer saudação nazista? Estão espantados com o quê? A gente ensina o que quiser para os filhos". Ela também prometeu entregar à polícia o rapaz que teria acertado o homossexual com a tesourada na barriga. Antes de ser perfurado, ele foi violentamente espancado por um grupo.
"Sou pai de família, não sei de violência nenhuma", disse o marido dela, Eduardo Toniolo Del Segue, professor de jiu-jitsu que já foi segurança de celebridades.
Estela Herman Heise também falou com os jornalistas. "Na minha casa eles não encontraram nada que possa justificar essas algemas." Contra ela, a polícia apresentou apenas fotos, como uma em que a estudante exibe tatuagens de símbolos nazistas. Até o final da tarde, o grupo ainda não tinha constituído advogado para que a Folha tentasse ouvir os defensores dos demais.


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