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São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2003

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OUTRO LADO

Acusado nega ser proprietário de duas Mercedes

DA REPORTAGEM LOCAL

O policial Cláudio Vieira Machado, no momento em que foi detido em sua casa, afirmou a integrantes da Procuradoria da República que era inocente e não havia praticado nenhuma irregularidade. Contou ser religioso e negou ser o dono das duas Mercedes apreendidas durante a operação -disse que apenas revendia carros. Ao ser informado da escuta telefônica, o policial preferiu manter-se em silêncio.
Preso na Corregedoria Geral da Polícia Civil, no centro de São Paulo, Machado recebeu ontem a visita de um homem que se identificou apenas como o estagiário do escritório de advocacia contratado pelo policial. À reportagem, o estagiário não quis revelar o seu nome ou o do escritório.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública informou que não iria divulgar os nomes dos advogados dos policiais, sob a alegação de não trabalhar para os presos.
O corregedor-geral da polícia, Ruy Estanislau Silveira Mello, afirmou que o órgão irá agir "com rigor" para investigar a eventual participação de outros policiais no caso. "Quero deixar claro que não aceitamos histórias desse tipo. Somente neste ano, foram demitidos 209 policiais civis e militares. Outros 110 estão afastados."
Ao Ministério Público, agentes e delegados da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) que estavam na unidade no momento da apreensão disseram desconhecer a origem do material apreendido, como a metralhadora, guardada sob um sofá na sala de plantão, as 38 folhas de cheques, apreendidas no armário dos investigadores, e as trouxinhas de cocaína e maconha, achadas fora do cofre da delegacia -lugar próprio para a guarda da droga.
A assessoria de imprensa do secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, informou que ele não iria se pronunciar sobre o assunto.
A assessoria disse que os responsáveis pela Dise e o delegado seccional de Guarulhos estavam desautorizados, à tarde, a se manifestar sobre o episódio. O único autorizado a falar foi o corregedor-geral.


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