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Lembo descarta elo em ações em trem e metrô
Segundo ele, explosão de bomba caseira no metrô no sábado e incêndio em um trem anteontem são situações "diferentes"
Adolescente que teve 70% do corpo atingido por queimaduras e o fêmur fraturado em um trem ainda corria risco de morte ontem
LAURA CAPRIGLIONE
DA REPORTAGEM LOCAL
A explosão de uma bomba de
fabricação caseira dentro de
um vagão do metrô, ocorrida
no sábado, e o incêndio em uma
composição da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), anteontem, são "casos muito diferentes", segundo
o governador de São Paulo,
Cláudio Lembo (PFL).
"Eventos isolados"; de "natureza completamente diferente"; "não têm nada a ver um
com o outro", foi como o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernando
Ribeiro Fernandes, tratou as
explosões no metrô e na
CPTM. Segundo ele, as investigações policiais já "descartaram totalmente a hipótese de
ataques em série."
As diferenças entre os dois
eventos, segundo o secretário,
começam com o tipo de explosivo usado. No trem do metrô
que fazia a linha Vila Madalena-Imigrantes, a bomba de fabricação caseira produziu um
forte estrondo, destruiu bancos, perfurou o teto e estourou
os vidros das janelas do vagão,
que estava vazio na hora do ataque. Mas não causou incêndio.
No trem com destino a Itapevi (Grande São Paulo) houve
forte estrondo seguido por incêndio. Todo o vagão foi consumido pelas chamas. No momento da explosão, um único
passageiro estava no vagão
atingido, o adolescente William
Costa de Silva, 16, que teve 70%
do corpo atingido por queimaduras e o fêmur fraturado. Internado no hospital Geral de
Itapevi, o jovem corria risco de
morte até ontem à noite.
No caso do trem, a polícia
não encontrou vestígios de artefatos explosivos. Segundo o
secretário, investiga-se inclusive a hipótese de a detonação ter
ocorrido sem querer. "Como
poderia acontecer, por exemplo, com alguém que transportasse inadequadamente pólvora para fabricação de fogos",
disse.
Sem reivindicações
Fernandes descarta a idéia
de atentados, tanto no caso do
metrô quanto da CPTM. "Se
fosse atentado, ou a secretaria,
ou a CPTM, ou vocês da imprensa, alguém teria recebido
ameaças antes, o que não ocorreu. Também não ocorreu nenhum contato que reivindicasse a autoria do crime."
A bomba no metrô, que a polícia trata como ato de vandalismo, foi colocada no primeiro
vagão da composição, que não é
monitorado por câmeras porque está dentro do campo visual do maquinista. No trem, o
explosivo estava localizado no
último vagão.
A secretaria já encaminhou à
Secretaria da Segurança Pública as gravações do circuito interno de televisão, mostrando
todos os passageiros que entraram e saíram do vagão nos minutos que antecederam a explosão.
Por precaução, Metrô e
CPTM pediram à Secretaria da
Segurança Pública o aumento
no número de agentes das polícias civil e militar nas estações
e orientaram o aumento da ostensividade dos fiscais das próprias companhias.
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