DA AGÊNCIA FOLHA, EM CORONEL SAPUCAIA

Desde junho do ano passado, o município de Coronel Sapucaia não possui mais agências bancárias. O banco mais próximo, em território nacional, fica a 46 km dali, no município de Amambaí.
"O fechamento dos bancos da cidade acabou com a farra dos traficantes", disse o juiz federal Odilon de Oliveira, de Campo Grande, referindo-se aos processos que apuram os crimes de lavagem de dinheiro no Estado há dois anos.
Três bancos operavam na cidade e o Banco do Brasil foi o último a fechar as portas. As instituições deixaram de funcionar por decisões próprias e não por determinação da Justiça.
O Banco do Brasil, em Brasília, informou que a agência de Coronel Sapucaia foi fechada por uma "questão de segurança". Segundo o banco, a agência tinha dificuldades até para contratar funcionários, que se recusavam a trabalhar para o banco por temer pela violência da região.
De acordo com o juiz Oliveira, de janeiro de 1995 a janeiro de 1998, correntistas de bancos da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai teriam enviado R$ 22 bilhões para o exterior.
A cifra apontada pelo juiz surgiu a partir da quebra de sigilo bancário e fiscal de pelo menos cem correntistas. Mesmo com as evidências de que existia lavagem de dinheiro na fronteira, ninguém ainda foi punido.
Já do lado paraguaio, em Capitán Bado, funciona um banco e três casas de câmbio. (CBJr)



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