São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2001

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Quimioterapia diminui chance de ter filhos

EDITORA-ASSISTENTE DE TREINAMENTO

A novela "Laços de Família" promete mais improbabilidades médicas. A personagem Camila (Carolina Dieckmann) deve engravidar naturalmente, depois de ter feito quimioterapia para tratar uma leucemia.
Segundo médicos, as chances de isso ocorrer são mínimas porque as drogas usadas matam as células cancerosas e as saudáveis.
No ovário, um dos órgãos mais afetados, há intensa morte de óvulos maduros e em formação (oócitos).
Segundo o ginecologista Eduardo Motta, 37, mulheres que fazem quimioterapia ficam de dois a cinco anos sem menstruar. Muitas perdem a função ovariana e só engravidam com óvulos de outra mulher. Entre as que voltam a ovular, a maioria produz óvulos imaturos.
Clínicas de reprodução em São Paulo congelam fragmentos do tecido ovariano (que contém células que precedem os óvulos) antes da quimioterapia, para transformá-las em óvulos maduros. O problema é amadurecer as células artificialmente.
Outra opção é congelar o sangue do cordão umbilical dos bebês, que serve para tratar doenças genéticas, principalmente leucemia. O congelamento custa R$ 1.000 e a manutenção do material sai por R$ 500 por ano.


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