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Quimioterapia diminui chance de ter filhos
EDITORA-ASSISTENTE DE TREINAMENTO
A novela "Laços de Família" promete mais improbabilidades médicas. A personagem Camila (Carolina
Dieckmann) deve engravidar naturalmente, depois de
ter feito quimioterapia para
tratar uma leucemia.
Segundo médicos, as
chances de isso ocorrer são
mínimas porque as drogas
usadas matam as células
cancerosas e as saudáveis.
No ovário, um dos órgãos
mais afetados, há intensa
morte de óvulos maduros e
em formação (oócitos).
Segundo o ginecologista
Eduardo Motta, 37, mulheres que fazem quimioterapia
ficam de dois a cinco anos
sem menstruar. Muitas perdem a função ovariana e só
engravidam com óvulos de
outra mulher. Entre as que
voltam a ovular, a maioria
produz óvulos imaturos.
Clínicas de reprodução em
São Paulo congelam fragmentos do tecido ovariano
(que contém células que precedem os óvulos) antes da
quimioterapia, para transformá-las em óvulos maduros. O problema é amadurecer as células artificialmente.
Outra opção é congelar o
sangue do cordão umbilical
dos bebês, que serve para
tratar doenças genéticas,
principalmente leucemia. O
congelamento custa R$ 1.000
e a manutenção do material
sai por R$ 500 por ano.
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