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Tratamento é eficaz em 75% dos casos
ESPECIAL PARA A FOLHA
Quem procura atendimento no Projeto Sexualidade passa por três estágios.
No primeiro, é feita uma
triagem com um psiquiatra
para checar se o problema é,
de fato, de ordem sexual.
Em seguida, o paciente é
encaminhado para um urologista (homens) ou um ginecologista (mulheres). Eles
farão o diagnóstico clínico
para ver se existe algum problema orgânico além do
emocional.
Se for necessário tomar
medicamento -antidepressivo, no caso de ejaculação
precoce, ou remédios contra
a impotência, por exemplo-, o paciente será orientado sobre o tratamento.
Paralelamente, todos os
pacientes iniciam as sessões
de terapia e um curso básico
de sexualidade. Esse é o terceiro estágio do processo.
O curso ensina noções de
anatomia e fisiologia com a
finalidade de explicar, por
exemplo, como os bloqueios
psicológicos e os pensamentos distorcidos prejudicam o
desempenho sexual. As pessoas aprendem ainda qual é
a relação entre a função sexual e uma eventual doença
que manifestem.
"A intenção é tanto desmistificar conceitos quanto
dimensionar as reais expectativas de melhora do paciente", afirma a psiquiatra
Carmita Abdo, coordenadora do ambulatório.
Um diabético que acaba de
descobrir a doença ainda
não tem nenhum comprometimento físico que impeça a ereção.
Já aquele que apresenta o
problema há muito tempo
-e sem controle- será informado sobre o processo de
lesão vascular ao qual está
sujeito e como isso interfere
na ereção.
Tempo limitado
O tipo de terapia utilizado
pelos profissionais do ProSex é diferente. Usa o psicodrama, mas tem um nome
esquisito: terapia tematizada
de tempo limitado.
Tudo isso significa que trata-se de uma abordagem dirigida para a área sexual e
que demora um tempo certo: de 16 a 20 sessões.
Elas são baseadas em jogos
em que o paciente encena situações para exercitar a autoconfiança e a confiança no
parceiro.
Vale a pena seguir a orientação e fazer o "curso completo". Ao final de quatro
meses, o tratamento beneficia 75% dos pacientes.
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