São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2001

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Tratamento é eficaz em 75% dos casos

ESPECIAL PARA A FOLHA

Quem procura atendimento no Projeto Sexualidade passa por três estágios.
No primeiro, é feita uma triagem com um psiquiatra para checar se o problema é, de fato, de ordem sexual.
Em seguida, o paciente é encaminhado para um urologista (homens) ou um ginecologista (mulheres). Eles farão o diagnóstico clínico para ver se existe algum problema orgânico além do emocional.
Se for necessário tomar medicamento -antidepressivo, no caso de ejaculação precoce, ou remédios contra a impotência, por exemplo-, o paciente será orientado sobre o tratamento.
Paralelamente, todos os pacientes iniciam as sessões de terapia e um curso básico de sexualidade. Esse é o terceiro estágio do processo.
O curso ensina noções de anatomia e fisiologia com a finalidade de explicar, por exemplo, como os bloqueios psicológicos e os pensamentos distorcidos prejudicam o desempenho sexual. As pessoas aprendem ainda qual é a relação entre a função sexual e uma eventual doença que manifestem.
"A intenção é tanto desmistificar conceitos quanto dimensionar as reais expectativas de melhora do paciente", afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do ambulatório.
Um diabético que acaba de descobrir a doença ainda não tem nenhum comprometimento físico que impeça a ereção.
Já aquele que apresenta o problema há muito tempo -e sem controle- será informado sobre o processo de lesão vascular ao qual está sujeito e como isso interfere na ereção.

Tempo limitado
O tipo de terapia utilizado pelos profissionais do ProSex é diferente. Usa o psicodrama, mas tem um nome esquisito: terapia tematizada de tempo limitado.
Tudo isso significa que trata-se de uma abordagem dirigida para a área sexual e que demora um tempo certo: de 16 a 20 sessões.
Elas são baseadas em jogos em que o paciente encena situações para exercitar a autoconfiança e a confiança no parceiro.
Vale a pena seguir a orientação e fazer o "curso completo". Ao final de quatro meses, o tratamento beneficia 75% dos pacientes.



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