São Paulo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

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Hospital da Unisa enfrenta greve de médicos residentes

DA REPORTAGEM LOCAL

A demissão de professores da Unisa afeta o atendimento à população no hospital-escola Wladimir Arruda, mantido pela universidade, em Cidade Dutra (extremo sul de SP).
Além de tratar dos pacientes, os docentes também orientavam os cerca de 80 médicos residentes da escola. Sem o acompanhamento, eles decidiram entrar em greve em dezembro passado. Desde então, pacientes dizem não conseguir marcar nem fazer consultas.
Adriana Alexandra da Silva, 26, disse já ter perdido a conta das vezes em que tentou agendar consulta para seu filho de dois anos, que tem sinusite e rinite alérgica. "Fui em pneumologia, não consegui. Passei a tentar na pediatria, também não deu certo. Da última vez, pediram que eu voltasse no fim de fevereiro", diz a babá.
A faxineira Ângela da Conceição Silva, 29, também tentou sem sucesso marcar consulta para seu filho de dez anos, que tem problemas respiratórios. "Desde 2000 trago ele aqui. O atendimento sempre demorou, mas agora está pior."
Segundo duas pacientes, nem o agendamento por telefone funciona. "Tento há uma semana. Mandam apertar 1, apertar 2, ouço a musiquinha, depois desligam", diz uma representante comercial. A faxineira Marlene Siqueira Teixeira, 40, não descobriu se o exame de coluna que refez em dezembro -após o de outubro ter sido extraviado -ficou pronto. "Mandaram ligar. Nunca atendeu."
A Unisa diz que já contratou professores, mas não se manifestou sobre problemas do hospital, que recebe recursos do Fundo Municipal de Saúde. Segundo alunos, além da demora para marcar consultas, cerca de 300 cirurgias já foram adiadas.
(MARIANA BARROS e FT)


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