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Hospital da Unisa enfrenta greve de médicos residentes
DA REPORTAGEM LOCAL
A demissão de professores da
Unisa afeta o atendimento à
população no hospital-escola
Wladimir Arruda, mantido pela
universidade, em Cidade Dutra
(extremo sul de SP).
Além de tratar dos pacientes,
os docentes também orientavam os cerca de 80 médicos residentes da escola. Sem o acompanhamento, eles decidiram
entrar em greve em dezembro
passado. Desde então, pacientes dizem não conseguir marcar nem fazer consultas.
Adriana Alexandra da Silva,
26, disse já ter perdido a conta
das vezes em que tentou agendar consulta para seu filho de
dois anos, que tem sinusite e rinite alérgica. "Fui em pneumologia, não consegui. Passei a
tentar na pediatria, também
não deu certo. Da última vez,
pediram que eu voltasse no fim
de fevereiro", diz a babá.
A faxineira Ângela da Conceição Silva, 29, também tentou sem sucesso marcar consulta para seu filho de dez anos,
que tem problemas respiratórios. "Desde 2000 trago ele
aqui. O atendimento sempre
demorou, mas agora está pior."
Segundo duas pacientes,
nem o agendamento por telefone funciona. "Tento há uma semana. Mandam apertar 1, apertar 2, ouço a musiquinha, depois desligam", diz uma representante comercial. A faxineira
Marlene Siqueira Teixeira, 40,
não descobriu se o exame de
coluna que refez em dezembro
-após o de outubro ter sido extraviado -ficou pronto. "Mandaram ligar. Nunca atendeu."
A Unisa diz que já contratou
professores, mas não se manifestou sobre problemas do hospital, que recebe recursos do
Fundo Municipal de Saúde. Segundo alunos, além da demora
para marcar consultas, cerca de
300 cirurgias já foram adiadas.
(MARIANA BARROS e FT)
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