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Vôos atrasam em 1º dia de obras em pista de Congonhas
Até as 21h30, cerca de 19% dos vôos tinham atrasos de mais de 45 minutos
Infraero disse que atrasos são rotineiros, mas as empresas aéreas atribuíram a situação à reforma na pista auxiliar do aeroporto
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Atrasos e cancelamentos de
vôos marcaram o primeiro dia
das obras na pista auxiliar do
aeroporto de Congonhas, na
zona sul de São Paulo. O aeroporto vai operar até 27 de maio
apenas com a pista principal.
Embora a Infraero (Empresa
Brasileira de Infra-estrutura
Aeroportuária) tenha classificado a situação ontem em Congonhas como "rotineira", as
empresas aéreas atribuíram os
transtornos à reforma na pista.
Os números da Infraero revelam que, até as 21h30 de ontem, 62 dos 330 vôos (19%)
programados para decolar do
aeroporto tiveram atrasos, em
média, superiores a 45 minutos.
Nove vôos da TAM foram
cancelados. Em nota, a empresa apontou "problemas com a
liberação de horários de decolagens -slots- e ajustes desses
horários iniciados ontem para
adequação ao período de obras
na pista auxiliar do aeroporto".
Segundo a TAM, também
motivaram os atrasos os 27 minutos em que Congonhas ficou
fechado, a partir de 16h30.
A interdição ocorreu para
medição do volume de água da
chuva na pista principal
-quando a lamina d'água supera 3 mm, o aeroporto tem de ser
fechado. A água, no entanto,
não superou esse limite, e a pista foi liberada.
Fila
A reforma da pista de Congonhas levou as companhias aéreas a alertar passageiros de
que atrasos e cancelamentos
poderiam ser enfrentados.
A Ocean Air, que culpou a reforma pelos problemas de ontem, teve três atrasos. Trinta e
sete passageiros do vôo 9178
que vinha de Porto Alegre pousariam em Congonhas, mas foram para Cumbica, em Guarulhos, porque a pista estava
"congestionada".
Mesmo com redistribuição
de horários de 129 vôos comerciais, com o propósito de evitar
concentração nos horários de
pico, aviões fizeram "fila" na
pista à espera de autorização do
controle de tráfego aéreo para
decolar com segurança.
"Antes tinha um aeroporto
que operava com duas pistas e
agora com uma. A quantidade
de vôos estipulados não bateu
com a prática. Aparentemente
o volume de vôo foi acima da
capacidade", disse o coronel
Carlos Minelli de Sá, chefe do
SRPV (Serviço Regional de
Proteção ao Vôo).
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