São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

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Vôos atrasam em 1º dia de obras em pista de Congonhas

Até as 21h30, cerca de 19% dos vôos tinham atrasos de mais de 45 minutos

Infraero disse que atrasos são rotineiros, mas as empresas aéreas atribuíram a situação à reforma na pista auxiliar do aeroporto

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Atrasos e cancelamentos de vôos marcaram o primeiro dia das obras na pista auxiliar do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. O aeroporto vai operar até 27 de maio apenas com a pista principal.
Embora a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) tenha classificado a situação ontem em Congonhas como "rotineira", as empresas aéreas atribuíram os transtornos à reforma na pista.
Os números da Infraero revelam que, até as 21h30 de ontem, 62 dos 330 vôos (19%) programados para decolar do aeroporto tiveram atrasos, em média, superiores a 45 minutos.
Nove vôos da TAM foram cancelados. Em nota, a empresa apontou "problemas com a liberação de horários de decolagens -slots- e ajustes desses horários iniciados ontem para adequação ao período de obras na pista auxiliar do aeroporto".
Segundo a TAM, também motivaram os atrasos os 27 minutos em que Congonhas ficou fechado, a partir de 16h30.
A interdição ocorreu para medição do volume de água da chuva na pista principal -quando a lamina d'água supera 3 mm, o aeroporto tem de ser fechado. A água, no entanto, não superou esse limite, e a pista foi liberada.

Fila
A reforma da pista de Congonhas levou as companhias aéreas a alertar passageiros de que atrasos e cancelamentos poderiam ser enfrentados.
A Ocean Air, que culpou a reforma pelos problemas de ontem, teve três atrasos. Trinta e sete passageiros do vôo 9178 que vinha de Porto Alegre pousariam em Congonhas, mas foram para Cumbica, em Guarulhos, porque a pista estava "congestionada".
Mesmo com redistribuição de horários de 129 vôos comerciais, com o propósito de evitar concentração nos horários de pico, aviões fizeram "fila" na pista à espera de autorização do controle de tráfego aéreo para decolar com segurança.
"Antes tinha um aeroporto que operava com duas pistas e agora com uma. A quantidade de vôos estipulados não bateu com a prática. Aparentemente o volume de vôo foi acima da capacidade", disse o coronel Carlos Minelli de Sá, chefe do SRPV (Serviço Regional de Proteção ao Vôo).


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