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Outro lado
Acusações são infundadas, dizem policiais
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois delegados classificaram as acusações como "infundadas" e "absurdas". O
outro não foi localizado.
O delegado Fábio Pinheiro
Lopes, atualmente na chefia
do 99º DP (Congonhas), afirmou que "Augusto Peña é
um bandido e que as acusações de corrupção feitas contra ele são uma vingança porque ambos são inimigos".
De acordo com Lopes, Peña quer se vingar dele porque
quando trabalharam juntos,
no Deic, o delegado acusou o
então investigador de desviar uma carga de videogames que estava apreendida
na delegacia. "Esse rapaz é
meu inimigo pessoal. Eu o
expulsei do Deic", disse.
Ainda segundo Lopes, as
acusações de que teria pago
R$ 110 mil ao ex-secretário-adjunto da Segurança Pública Lauro Malheiros Neto para assumir a 3ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais)
são infundadas. "Eu nunca
fui processado, nunca tive
uma sindicância na minha
carreira [de 17 anos]", disse.
Lopes também disse que,
ao contrário do que afirmou
Peña, ele nunca cobrou propina para protelar inquéritos
policiais contra bingos ou
donos de caça-níqueis.
O delegado Emílio Françolin classificou a acusação de
ter pago R$ 250 mil a Malheiros Neto para assumir a
5ª Seccional como absurda.
O delegado Luiz Carlos do
Carmo foi procurado pela reportagem em seu celular,
mas não foi localizado até a
conclusão desta edição.
O advogado de Malheiros
Neto, Alberto Zacharias Toron, nega as acusações. Ele
disse que seu cliente propôs
ao Ministério Público ser ouvido, mas não obteve resposta, e ainda não conseguiu ter
acesso ao inquérito.
O secretário da Segurança,
Ronaldo Marzagão, não quis
comentar o teor do depoimento de Peña, segundo sua
assessoria. A pasta informou
que a mudança de delegados
na Corregedoria faz parte de
uma série de transferências
rotineiras.
O advogado Celso Valente
não foi localizado.
(RP, AC e LK)
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