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PCC armou morte de juiz, diz polícia
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
Traficantes ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) estão
por trás do assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente, Antonio José Machado Dias,
47, no último dia 14, segundo a
polícia de São Paulo.
Até agora, dois foram presos:
Rosângela Aparecida Lendramandi, acusada de ser do PCC e
que pode ter servido de mensageira para o mandante do crime, e
um outro homem, cujo nome está
em sigilo, que teria fornecido o
carro para a emboscada.
A polícia já identificou seis pessoas a partir do carro usado no
crime, um Uno.
No domingo, reportagem da
Folha mostrou que a facção criminosa está sendo dominada por
traficantes. A venda de drogas estaria substituindo o assalto como
o principal meio de arrecadar dinheiro. Segundo a polícia, um traficante da zona leste, conhecido
como Jonny, comprou o Uno em
São Paulo e conseguiu uma placa
de Presidente Prudente com a
ajuda de um foragido. Cristian
Ângelo, que vendeu o carro, registrou roubo do veículo depois de
fazer o negócio, segundo o DHPP.
O carro era de uma locadora.
Outro traficante, o Ferrugem,
teria participado do assassinato
com a ajuda de um segundo homem identificado como Funchal.
A Folha apurou que Ferrugem,
cuja fotografia confere com um
dos retratos falados, foi preso em
São Bernardo (ABC), em 2000,
mas escapou da prisão. Na sua ficha criminal há três condenações
por homicídio e três por assalto.
Para a polícia, o líder do PCC,
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, é um dos principais suspeitos de ter ordenado o
crime. Jonny também denunciou,
no seu depoimento, que a ordem
partiu de Marcola. Por meio da
advogada, na semana passada,
Marcola negou envolvimento.
O atentado seria uma retaliação
ao juiz e ao regime disciplinar imposto a líderes do PCC.
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