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Benefício atingirá grandes construções
DA REPORTAGEM LOCAL
O prédio da Telefônica na avenida Faria Lima (zona oeste) é um
dos exemplos de grandes edifícios
que poderão ser regularizados.
Para isso, porém, a empresa deverá pagar entre R$ 500 mil e R$ 750
mil, segundo estimativa do vereador Paulo Frange (PTB).
Frange presidiu a Comissão
Parlamentar de Inquérito que investigou os edifícios construídos
na Operação Urbana Faria Lima.
Pelas regras da operação, as
construtoras ganhavam a concessão para erguer prédios maiores
do que a legislação permite contanto que pagassem taxas.
A CPI concluiu que cerca de
30% dos cem edifícios construídos na operação são irregulares.
Entre eles estava o da Telefônica. O projeto do prédio de 16 andares previa um pergolado (área
com cobertura vazada e ajardinada) no último pavimento. Depois,
a área foi fechada e virou mais um
andar, de 500 m2.
Críticas
A anistia a imóveis irregulares é
definida por urbanistas como um
mal necessário. "Mas, se a cidade
precisa disso a cada quatro, cinco
anos, há alguma coisa errada", diz
Renato Cymbalista, do Instituto
Pólis, especializado em urbanismo e políticas públicas.
Para o professor da Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo da
USP João Whitaker, as anistias
chegam a ser desnecessárias
quando a legislação de uso e ocupação do solo não é revista para
regulamentar as práticas construtivas definitivamente.
Whitaker cita a Lei de Zoneamento e o Código de Obras e Edificações -ambas em revisão pelo
Executivo e Legislativo. "Costumamos dizer que o código paulistano é burro por não prever uma
série de especificidades", afirma.
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