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Grafite de SP é vanguarda mundial
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois especialistas entrevistados
pela Folha decretaram: São Paulo
figura atualmente entre as três
mais importantes cidades do
mundo em produção de grafite.
"O grafite do Brasil é muito inspirador. Em São Paulo há um estilo que não encontra paralelo em
nenhum outro lugar do mundo",
afirma Marc Schiller, 39, curador
e diretor da Wooster Collective
Gallery, uma galeria virtual que
reúne artistas do mundo inteiro.
"Os brasileiros estão em revistas
e debates. São vanguarda", diz
Tristan Manco, 37, autor de dois
livros sobre o tema ("Stencil Graffiti" e "Street Logos", ed. Thames
and Hudson), que está editando
um terceiro, "Graffiti World".
Leia entrevista abaixo.
(FM)
Folha - Qual é o status de São
Paulo na cena mundial de grafite?
Tristan Manco - A fama dos brasileiros no Reino Unido chega a
ser lendária. Livros como "Urban
Discipline" (ed. Hardcover) chamaram a atenção para o talento
de artistas como Os Gêmeos, Nina e Vitché. E a internet e os fotologs revelaram artistas como Calma, também de São Paulo.
Folha - O que é tão atraente nos
grafiteiros brasileiros?
Manco - Muitos tratam o Brasil e
São Paulo como a "nova onda" do
grafite. O interessante é que os
brasileiros fazem pouca referência ao estilo hip hop de Nova
York. Eles estão criando algo novo e original, que não segue modismos. É fascinante ver grafites
que usam elementos típicos daí.
Folha - Quais são os maiores centros de produção de grafite hoje?
Manco - Barcelona, São Paulo e
Melbourne. Depois, Berlim e Nova York, que é o berço do grafite.
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