São Paulo, domingo, 28 de março de 2004

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Grafite de SP é vanguarda mundial

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois especialistas entrevistados pela Folha decretaram: São Paulo figura atualmente entre as três mais importantes cidades do mundo em produção de grafite.
"O grafite do Brasil é muito inspirador. Em São Paulo há um estilo que não encontra paralelo em nenhum outro lugar do mundo", afirma Marc Schiller, 39, curador e diretor da Wooster Collective Gallery, uma galeria virtual que reúne artistas do mundo inteiro.
"Os brasileiros estão em revistas e debates. São vanguarda", diz Tristan Manco, 37, autor de dois livros sobre o tema ("Stencil Graffiti" e "Street Logos", ed. Thames and Hudson), que está editando um terceiro, "Graffiti World". Leia entrevista abaixo. (FM)

 

Folha - Qual é o status de São Paulo na cena mundial de grafite?
Tristan Manco -
A fama dos brasileiros no Reino Unido chega a ser lendária. Livros como "Urban Discipline" (ed. Hardcover) chamaram a atenção para o talento de artistas como Os Gêmeos, Nina e Vitché. E a internet e os fotologs revelaram artistas como Calma, também de São Paulo.

Folha - O que é tão atraente nos grafiteiros brasileiros?
Manco -
Muitos tratam o Brasil e São Paulo como a "nova onda" do grafite. O interessante é que os brasileiros fazem pouca referência ao estilo hip hop de Nova York. Eles estão criando algo novo e original, que não segue modismos. É fascinante ver grafites que usam elementos típicos daí.

Folha - Quais são os maiores centros de produção de grafite hoje?
Manco -
Barcelona, São Paulo e Melbourne. Depois, Berlim e Nova York, que é o berço do grafite.


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